"O segredo de todos os natais é o amor de um homem e uma mulher, de quem nascem mãos pequeninas, olhos de paz, cores por descrever, razão suficiente para crer que a morte não vence, porque, por milagre, existe a vida."
in: "Sinto muito " - Nuno Lobo Antunes
25 de dezembro de 2009
22 de dezembro de 2009
"(se não for não faz mal, pois não?)"
:D
Mais do que a tristeza pelos que se esqueceram*, a todos que se lembraram (e ainda vão lembrando):
OBRIGADA :D :D :D
Pela ternura e pelo sorriso que se mantém passados estes dias (o último foi esta madrugada - "antes que me esqueça outra vez, desculpa mas tem MESMO de ser agora")
Pela ternura. Pela paciência.
Por estarem aqui e gostarem de me ler.
Por pedirem mais mails, mais posts, mais fotos... mais "relatórios"
(não é B.? Promessa é divida: o "relatório" segue nos próximos dias :D )
Pelo primeiro "piropo" aos 40 invernos ("estás tão linda... estás mais gira que nunca!!!") que me fez ficar roxa de tanto corar, LOL (a ternura é tão cega, não é? ;) )
Por gostarem de mim "assim"... meio "torta" e como "um bocadinho" de mau feitio de vez em quando ;)
Por estarem aí.
( porque os há, sempre, e nos incomoda, sempre também, um bocadinho mesmo que não queiramos ou, lembrando, optaram pelo silêncio).
Mais do que a tristeza pelos que se esqueceram*, a todos que se lembraram (e ainda vão lembrando):
OBRIGADA :D :D :D
Pela ternura e pelo sorriso que se mantém passados estes dias (o último foi esta madrugada - "antes que me esqueça outra vez, desculpa mas tem MESMO de ser agora")
Pela ternura. Pela paciência.
Por estarem aqui e gostarem de me ler.
Por pedirem mais mails, mais posts, mais fotos... mais "relatórios"
(não é B.? Promessa é divida: o "relatório" segue nos próximos dias :D )
Pelo primeiro "piropo" aos 40 invernos ("estás tão linda... estás mais gira que nunca!!!") que me fez ficar roxa de tanto corar, LOL (a ternura é tão cega, não é? ;) )
Por gostarem de mim "assim"... meio "torta" e como "um bocadinho" de mau feitio de vez em quando ;)
Por estarem aí.
( porque os há, sempre, e nos incomoda, sempre também, um bocadinho mesmo que não queiramos ou, lembrando, optaram pelo silêncio).
16 de dezembro de 2009
5 de dezembro de 2009
O provérbio de que eu me esqueci em 2009
"Camarão que dorme, a onda leva" (provérbio africano)
Vou ver se me lembro mais vezes em 2010 ;)
Vou ver se me lembro mais vezes em 2010 ;)
4 de dezembro de 2009
A propósito do mano peste...
Se ele soubesse como gosto dele... se ele soubesse... se ele soubesse que até dói, dói mesmo, fisicamente, se ele soubesse que dói no peito este gostar... se ele soubesse amanhã (...) "ficava" muito "mais" confiante, e feliz.
Mas não sabe. É preciso dizer-lhe, mostrar-lhe, exibir esse amor, e estar aqui, com um colo maior que nunca. Ter irmãos é um grande ensinamento para quem os tem. Uma verdadeira travessia. Mas (...) sai"-se" deste caminho uma pessoa muito melhor.
In: http://coconafralda.blogspot.com
Mas não sabe. É preciso dizer-lhe, mostrar-lhe, exibir esse amor, e estar aqui, com um colo maior que nunca. Ter irmãos é um grande ensinamento para quem os tem. Uma verdadeira travessia. Mas (...) sai"-se" deste caminho uma pessoa muito melhor.
In: http://coconafralda.blogspot.com
2 de dezembro de 2009
Ecos do passado
Hoje, depois de uns 18 anos sem ter noticias, quase sem saber se era vivo ou morto, por onde andava, recebi esta mensagem no Facebook:
"já passou tanta vida, será que já podemos ser amigos?"
Foi com um sorriso feliz (como diria a Lu) que lhe respondi que sim, claro que sim. Que não houve momento algum em que não pudéssemos ter sido.
Mas não deixa de ser curioso que volte a dar sinal de vida num ano em que, pela primeira vez depois de tanto tempo, voltei a falar nele, a pensar nele e a relembrar parte desse passado.
Há coincidências felizes. Muito felizes.
"já passou tanta vida, será que já podemos ser amigos?"
Foi com um sorriso feliz (como diria a Lu) que lhe respondi que sim, claro que sim. Que não houve momento algum em que não pudéssemos ter sido.
Mas não deixa de ser curioso que volte a dar sinal de vida num ano em que, pela primeira vez depois de tanto tempo, voltei a falar nele, a pensar nele e a relembrar parte desse passado.
Há coincidências felizes. Muito felizes.
25 de novembro de 2009
“Aqui é a Lisboa do Norte!!"
Um dos meus meninos comparando o trabalho da nossa equipa "dividida" com o dos outros, como quem diz “somos nós que trabalhamos mais e melhor, aqui não se brinca em serviço!”
O coraçãozinho desta moura entre tripeiros às vezes fica tão quentinho!! :D :D :D :D
O coraçãozinho desta moura entre tripeiros às vezes fica tão quentinho!! :D :D :D :D
24 de novembro de 2009
My Favourite Christmas Songs...
De hoje a um mês... É Natal! É Natal! É Natal! É Natal! É Natal!!
E acontece que eu ADORO o Natal!!! Adoro tudo o que tem a ver com o Natal (deve ser por ter nascido nessa altura).
Sim, eu já mudei o toque dos telemóveis, o waiting ring e quase tudo lá em casa para a época natalícia...
Ora uma parte fundamental do Natal são... as músicas de Natal!! Que só posso ouvir nesta altura sem correr o risco de parecer demasiado ridícula (LOL).
Vai daí lembrei-me de partilhar com vocês algumas das minhas preferidas:
So This Is Christmas
All I Want For Christmas is you
Have yourself a merry litle christmas.
Das muitas de que gosto, estas estão no top. Porque me dão vontade de dançar ou me fazem sentir o Natal… mais meu.
O pequeno infante tem um ódio e estimação pela All I Want For Christmas is You e eu confesso que até o compreendo… ter uma tia que canta pior que mal a “cantar-lhe” todos os natais que o quer de presente, não é fácil! A inevitável resposta é “que nojo!!! E olha lá, eu não nenhum presente de natal, ok??” Não resisto, é mais forte que eu ;)
E acontece que eu ADORO o Natal!!! Adoro tudo o que tem a ver com o Natal (deve ser por ter nascido nessa altura).
Sim, eu já mudei o toque dos telemóveis, o waiting ring e quase tudo lá em casa para a época natalícia...
Ora uma parte fundamental do Natal são... as músicas de Natal!! Que só posso ouvir nesta altura sem correr o risco de parecer demasiado ridícula (LOL).
Vai daí lembrei-me de partilhar com vocês algumas das minhas preferidas:
So This Is Christmas
All I Want For Christmas is you
Have yourself a merry litle christmas.
Das muitas de que gosto, estas estão no top. Porque me dão vontade de dançar ou me fazem sentir o Natal… mais meu.
O pequeno infante tem um ódio e estimação pela All I Want For Christmas is You e eu confesso que até o compreendo… ter uma tia que canta pior que mal a “cantar-lhe” todos os natais que o quer de presente, não é fácil! A inevitável resposta é “que nojo!!! E olha lá, eu não nenhum presente de natal, ok??” Não resisto, é mais forte que eu ;)
20 de novembro de 2009
E não é que, afinal, (não) sou indispensável??
Procedimentos Vacinação Gripe A
“Tendo em conta a fase de vacinação que encetámos para os colaboradores (…), com base nas funções críticas identificadas no nosso sector de actividade,(…)alguns procedimentos e medidas necessárias para um processo de vacinação eficaz. O cumprimento de todas as indicações, é fundamental para que este processo corra dentro da normalidade e sem desperdício de vacinas.
Contamos consigo!"
Estou maravilhada... ;)
PS - Ou não... vai-se a ver, era engano!! LOLOLOLOLOLOLOL!!! Mandaram-me um mail que não era para mim, não é inacreditável??? Logo eu que até aceitava ser vacinada e tudo... grrrr pa eles!!! Só não fico deprimida porque é tão estúpido o engano que até é cómico, LOL!!
“Tendo em conta a fase de vacinação que encetámos para os colaboradores (…), com base nas funções críticas identificadas no nosso sector de actividade,(…)alguns procedimentos e medidas necessárias para um processo de vacinação eficaz. O cumprimento de todas as indicações, é fundamental para que este processo corra dentro da normalidade e sem desperdício de vacinas.
Contamos consigo!"
Estou maravilhada... ;)
PS - Ou não... vai-se a ver, era engano!! LOLOLOLOLOLOLOL!!! Mandaram-me um mail que não era para mim, não é inacreditável??? Logo eu que até aceitava ser vacinada e tudo... grrrr pa eles!!! Só não fico deprimida porque é tão estúpido o engano que até é cómico, LOL!!
19 de novembro de 2009
Eu sou tão feliz aqui
16 de novembro de 2009
Olho o meu reflexo no espelho e vejo um olhar triste e pesado num rosto cansado e sem brilho. Envelheci neste ano que passou… Havia um riso trocista no olhar, um meio sorriso no rosto. Uma pele brilhante.
Vejo dor naquele rosto. E tristeza. E solidão.
E um profundo cansaço.
“E se um dia eu disser que já não quero estar aqui?”
Vejo dor naquele rosto. E tristeza. E solidão.
E um profundo cansaço.
“E se um dia eu disser que já não quero estar aqui?”
Coisas que a gente se lembra
Foi uma ferida que doeu durante muito tempo. Por ter sido excluída de uma festa onde, vá-se lá saber porquê, me achei obviamente presente. E porque a sobrinha faz anos num daqueles dias em que é sempre feriado nacional e eu tinha ouvido "piadas" um ano inteiro porque no ano anterior estava a trabalhar e cheguei tarde à festa (“Vê lá se este ano te lembras de não trabalhar” e “não vais trabalhar outra vez este ano, pois não?”). Vá-se lá saber porquê, achei que seria convidada para a festa. Ou, pelo menos, para partilhar uma parte do dia.
Não foi o caso. E a festa é de facto o menos importante. Mas a razão (“tu não és convidada porque nem gostas de festas de crianças”) e a falta de inclusão naquele dia doeu.
Porque é de facto verdade, sabem? Não gosto de festas de crianças. Nem de crianças, de uma forma geral (embora uma “larga maioria” pareça gostar de mim… vá-se lá saber porquê). Acho que herdei aquela costela da minha madrinha que se referia às crianças fora da família como “as p#/”$ das criancinhas” com um sorriso nos lábios. É verdade que amo os meus de paixão. Os 4 de sangue e os muitos do coração. Mas fica por aí.
Mas eu, que não gosto de “festas de crianças” nunca faltei a nenhuma do sobrinho mais velho, da sobrinha mais velha, da pequenina. A menos que estivesse a trabalhar. Mesmo quando fiz 300 kms para estar duas horas numa festa (da pequenina, curiosamente) exausta e a caminho de outra viagem ainda mais longa. Mesmo que ela quase nem tenha reparado que eu tinha chegado. Mas estive lá.
Vem isto a propósito de uma “festa de crianças” para que fui convidada este fim-de-semana. Para a parte familiar da festa. Os amigos e família. Com umas 10 ou 15 crianças. E aquela criança que mal conheço nem me diz nada (acho-a linda e amorosa mas pouco mais) mas adoro os pais e comoveu-me o gesto. E por isso fui. Ri. Conversei. Comi bolo e bebi champanhe. Estive lá. E vim embora ao fim de 3 horas com o coração quentinho de afecto.
E depois há coisas em que gente nunca mais tinha pensado, que já sem se lembrava que tinha doído e percebe que as cicatrizes ficam porque ainda dão sinal de vida nestas alturas. E é chato que se farta.
Lá está, talvez estes pais não soubessem que eu não gosto de “festas de crianças”. Ou talvez isso fosse o menos importante. E a “festa de crianças” fosse só um detalhe, um pretexto.
Assim como assim, fica só entre nós. Boa? Vai na volta, é melhor não lhes contar…
PS: a princesa no desenho é a preferida da "princesinha" que fez 4 anos. Era o tema da festa e estava tudo a preceito. É a "Bela" de "A Bela e o Monstro" (para os mais distraídos ;) )
12 de novembro de 2009
Grito mudo
De vez em quando podias dizer-me "gosto de ti".
E o mundo não acabava por causa disso.
O pior que podia acontecer era fazeres-me sorrir. Deixar-me feliz.
Mas não dizes. Como agora. Com a música do leãozinho. Disse-te "mas não gostas" e respondeste "estava a ver como ficava". E riste. Como ris sempre.
E mudaste de assunto. Como fazes agora quando digo alguma coisa a que não queres responder. Mas não negaste.
Não gostas. Talvez um dia tenhas gostado. Mas já não gostas.
Deixo-te bem disposto. Faço-te rir.
Talvez ainda haja desejo. Algum desejo. Mas um dia acaba.
O amor, como o desejo, precisam do outro. Precisam de resposta.
E tu ignoras o meu amor e o meu desejo. As minhas palavras caem no chão como as bolas de ténis de quem joga sózinho. Não há eco do outro lado.
Estou aqui. Na estúpida esperança que um dia digas, que um dia sintas, "gosto de ti". Peço-te tão pouco, sabes? Parece-te tanto e é tão menos do que pensas. Aceitei há muito tudo o que isto implica. A distância. A ausência. O silêncio.
Mas preciso de amor. De desejo. De não ser a única a ter saudades. De não ser a única a dizê-lo. Preciso de me sentir amada. Querida. Preciso de sentir que vale a pena.
Murcho um bocadinho todos os dias. Como as flores sem água.
Um dia seco. Em silêncio. E pergunto-me se darás por isso.
E o mundo não acabava por causa disso.
O pior que podia acontecer era fazeres-me sorrir. Deixar-me feliz.
Mas não dizes. Como agora. Com a música do leãozinho. Disse-te "mas não gostas" e respondeste "estava a ver como ficava". E riste. Como ris sempre.
E mudaste de assunto. Como fazes agora quando digo alguma coisa a que não queres responder. Mas não negaste.
Não gostas. Talvez um dia tenhas gostado. Mas já não gostas.
Deixo-te bem disposto. Faço-te rir.
Talvez ainda haja desejo. Algum desejo. Mas um dia acaba.
O amor, como o desejo, precisam do outro. Precisam de resposta.
E tu ignoras o meu amor e o meu desejo. As minhas palavras caem no chão como as bolas de ténis de quem joga sózinho. Não há eco do outro lado.
Estou aqui. Na estúpida esperança que um dia digas, que um dia sintas, "gosto de ti". Peço-te tão pouco, sabes? Parece-te tanto e é tão menos do que pensas. Aceitei há muito tudo o que isto implica. A distância. A ausência. O silêncio.
Mas preciso de amor. De desejo. De não ser a única a ter saudades. De não ser a única a dizê-lo. Preciso de me sentir amada. Querida. Preciso de sentir que vale a pena.
Murcho um bocadinho todos os dias. Como as flores sem água.
Um dia seco. Em silêncio. E pergunto-me se darás por isso.
2 de novembro de 2009
A assobiar...
Ontem, nos corredores de um emprego que ultimamente não me deixa feliz, dei por mim a assobiar.
Adoro assobiar, faço-o sem dar por isso. E apenas quando estou muito triste (em que o assobio é quase um choro) ou muito tranquila.
Ontem, foi o sorriso do segurança que fez perceber que estava a assobiar. O sorriso e o "a menina segura bem o assobio". Era uma da manhã e eu já devia ter saído à muito mas fiquei, como o meu colega em Lisboa, enquanto o problema detectado cerca das onze e meia da noite não era resolvido.
Ontem, de madrugada, sem perceber, dei por mim a assobiar num corredor onde já não devia estar e percebi que estava feliz.
Assim. Quase sem dar por isso. Há alguma coisa melhor?
Adoro assobiar, faço-o sem dar por isso. E apenas quando estou muito triste (em que o assobio é quase um choro) ou muito tranquila.
Ontem, foi o sorriso do segurança que fez perceber que estava a assobiar. O sorriso e o "a menina segura bem o assobio". Era uma da manhã e eu já devia ter saído à muito mas fiquei, como o meu colega em Lisboa, enquanto o problema detectado cerca das onze e meia da noite não era resolvido.
Ontem, de madrugada, sem perceber, dei por mim a assobiar num corredor onde já não devia estar e percebi que estava feliz.
Assim. Quase sem dar por isso. Há alguma coisa melhor?
30 de outubro de 2009
15 de outubro de 2009
13 de outubro de 2009
Dias em que me sinto feliz :)
Porque depois de cinco longos dias tenho a minha voz de volta :);
Porque terminou a imensa, longa, interminável e chata, chata, chata semana "da noite";
Porque está sol e calor depois da chuva e do frio (e tão bom que foi ver chover outra vez);
Porque hoje fiz um amigo mouro em terras do norte e descobri que temos amigos comuns há um milhão de anos e nem nos passava pela cabeça;
Porque voltei a estudar depois de uma inútil pausa de dois anos;
Porque estou quase, quase a voltar a ver a minha amiga que não vejo desde Março num jantar de horas a falar de tudo e mais alguma coisa e eu tenho tantas saudades dela;
Porque te tenho parcialmente de volta à minha vida e é tão bom ouvir-te rir.
Porque terminou a imensa, longa, interminável e chata, chata, chata semana "da noite";
Porque está sol e calor depois da chuva e do frio (e tão bom que foi ver chover outra vez);
Porque hoje fiz um amigo mouro em terras do norte e descobri que temos amigos comuns há um milhão de anos e nem nos passava pela cabeça;
Porque voltei a estudar depois de uma inútil pausa de dois anos;
Porque estou quase, quase a voltar a ver a minha amiga que não vejo desde Março num jantar de horas a falar de tudo e mais alguma coisa e eu tenho tantas saudades dela;
Porque te tenho parcialmente de volta à minha vida e é tão bom ouvir-te rir.
7 de outubro de 2009
Contra Mundum
Não esperes que lute por ti as batalhas que são tuas, porque não o farei.
Não fiques tão desiludida porque não o faço...
Não me sintas menos solidária por não lutar por ti. Não me recrimines. Não me censures. Não te sintas menos compreendida, menos acompanhada, menos amada.
Tenho as minhas próprias dores, as minhas mágoas. As minhas razões para estar triste com ele. Mas escolhi ficar ao seu lado apesar das tuas e das minhas dores.
É ao seu lado (e não do lado dele, nota bem) que me encontrarás sempre.
Não serei eu a julgá-lo. A atirar a primeira pedra. Mesmo quando choro, grito e barafusto. Mesmo quando me magoa a ponto de me fazer chorar. Mesmo quando me faz triste.
E posso dizer-lho sem me zangar com ele. Posso dizer-lho mesmo quando pensamos diferente e não concordamos. Mesmo quando achamos, ambos, a respeito do outro, "não tens razão".
Compreendo as tuas razões. Reconheço a tua razão.
Mas também ouço, compreendo e reconheço a dele.
Lamento que não tenhas gritos, lágrimas, "sangue" como esperavas.
Não lutei por ti. Achei que não era esse o meu papel.
Escolhi lutar as minhas batalhas. Com as minhas armas e as minhas rendições.
E ficar ao seu lado, como estou ao teu. Sempre.
Contra Mundum.
Não fiques tão desiludida porque não o faço...
Não me sintas menos solidária por não lutar por ti. Não me recrimines. Não me censures. Não te sintas menos compreendida, menos acompanhada, menos amada.
Tenho as minhas próprias dores, as minhas mágoas. As minhas razões para estar triste com ele. Mas escolhi ficar ao seu lado apesar das tuas e das minhas dores.
É ao seu lado (e não do lado dele, nota bem) que me encontrarás sempre.
Não serei eu a julgá-lo. A atirar a primeira pedra. Mesmo quando choro, grito e barafusto. Mesmo quando me magoa a ponto de me fazer chorar. Mesmo quando me faz triste.
E posso dizer-lho sem me zangar com ele. Posso dizer-lho mesmo quando pensamos diferente e não concordamos. Mesmo quando achamos, ambos, a respeito do outro, "não tens razão".
Compreendo as tuas razões. Reconheço a tua razão.
Mas também ouço, compreendo e reconheço a dele.
Lamento que não tenhas gritos, lágrimas, "sangue" como esperavas.
Não lutei por ti. Achei que não era esse o meu papel.
Escolhi lutar as minhas batalhas. Com as minhas armas e as minhas rendições.
E ficar ao seu lado, como estou ao teu. Sempre.
Contra Mundum.
5 de outubro de 2009
A propósito dos 12 anos...
Há 12 anos, mais ou menos por esta hora, cheguei ao Porto. Na época fui viver para Braga mas o Pendular terminava no Porto e vieram buscar-me a Campanhã.
Era a primeira de algumas centenas de viagens ao longo destes 12 anos. E nesse dia, como quase sempre, ninguém tinha ído despedir-se de mim a Sta Apolónia (a estação do Oriente chegaria um ou dois anos mais tarde).
Dessa primeira viagem, recordo o coração apertado ao despedir-me do sobrinho de 6 meses (lembrar-se-ia ele de mim daí a uma semana? Lembrava. O sorriso com que me recebeu apagou todas as dúvidas e secou as lágrimas) e de ser noite cerrada quando finalmente cheguei. Lembro-me da minha cunhada a chegar esbaforida, atrasada, a uma estação que eu desconhecia e em que a esperava.
Na manhã seguinte, depois de uma viagem atribulada de camioneta e de muito tempo a andar (carregada com imenso material de escritório que tinha trazido de Lisboa, porque devia "ser já ali, a avenida é esta" e por isso fui andando a pé) não fui recebida com os sorrisos e boas-vindas de quem me esperava mas com a recriminação pelo atraso inconveniente.
Seria sempre esse o tom da nossa relação. Até ao fim, haveria sempre uma "meia-censura". Apesar do carinho mútuo.
Mais tarde, no meio dos que a partir daí seriam, para sempre "os meus meninos" senti-me finalmente bem vinda e foi então que tudo verdadeiramente começou.
Que viagem esta! Depois de um primeiro ano muito dificil, por todas as razões, com dinheiro contado ao tostão e as emoções à flôr da pele, com cartas de demissão escritas e guardadas dentro da gaveta ao fim das primeiras semanas, quase apetecia voltar atrás e começar tudo outra vez.
E a esse propósito, ocorre-me um texto da Marina Colasanti:
"O abacaxi tem folhas espinhentas e cortantes, a sua própria casca é áspera, grossa. Nada, por fora, leva a suspeitar a branca doçura da carne, o sumo farto. O abacaxi parece mais uma pedra do que uma fruta. No entanto, para o primeiro que dele se acercou armado de faca e fome, soube receber o seu rico tesouro. Este primeiro não estava desatento, não pensou "Deus me livre de comer essa coisa espinhenta", não virou a cara procurando pêssegos. Estava atento, e com fome, estava receptivo para tudo o que o mundo lhe oferecia. E regalou-se.
in "Nova Mulher" - Marina Colasanti
Era a primeira de algumas centenas de viagens ao longo destes 12 anos. E nesse dia, como quase sempre, ninguém tinha ído despedir-se de mim a Sta Apolónia (a estação do Oriente chegaria um ou dois anos mais tarde).
Dessa primeira viagem, recordo o coração apertado ao despedir-me do sobrinho de 6 meses (lembrar-se-ia ele de mim daí a uma semana? Lembrava. O sorriso com que me recebeu apagou todas as dúvidas e secou as lágrimas) e de ser noite cerrada quando finalmente cheguei. Lembro-me da minha cunhada a chegar esbaforida, atrasada, a uma estação que eu desconhecia e em que a esperava.
Na manhã seguinte, depois de uma viagem atribulada de camioneta e de muito tempo a andar (carregada com imenso material de escritório que tinha trazido de Lisboa, porque devia "ser já ali, a avenida é esta" e por isso fui andando a pé) não fui recebida com os sorrisos e boas-vindas de quem me esperava mas com a recriminação pelo atraso inconveniente.
Seria sempre esse o tom da nossa relação. Até ao fim, haveria sempre uma "meia-censura". Apesar do carinho mútuo.
Mais tarde, no meio dos que a partir daí seriam, para sempre "os meus meninos" senti-me finalmente bem vinda e foi então que tudo verdadeiramente começou.
Que viagem esta! Depois de um primeiro ano muito dificil, por todas as razões, com dinheiro contado ao tostão e as emoções à flôr da pele, com cartas de demissão escritas e guardadas dentro da gaveta ao fim das primeiras semanas, quase apetecia voltar atrás e começar tudo outra vez.
E a esse propósito, ocorre-me um texto da Marina Colasanti:
"O abacaxi tem folhas espinhentas e cortantes, a sua própria casca é áspera, grossa. Nada, por fora, leva a suspeitar a branca doçura da carne, o sumo farto. O abacaxi parece mais uma pedra do que uma fruta. No entanto, para o primeiro que dele se acercou armado de faca e fome, soube receber o seu rico tesouro. Este primeiro não estava desatento, não pensou "Deus me livre de comer essa coisa espinhenta", não virou a cara procurando pêssegos. Estava atento, e com fome, estava receptivo para tudo o que o mundo lhe oferecia. E regalou-se.
in "Nova Mulher" - Marina Colasanti
2 de outubro de 2009
21 de setembro de 2009
Eu gostava dele
E tenho pena que tenha morrido.
Pela morte. Mas, principalmente, porque me parece que lutou muito contra aquele cancro, que sofreu um bocado, e que merecia ter conseguido.
A morte pelo Cancro doi-me sempre. Talvez por já o ter tido por perto em pessoas importantes na minha vida e nos meus afectos. Talvez pelo fantasma que paira sempre no meu peito. Ou pelo medo dos 4 meses sem voz.
Acho-o injusto. Como provavelmente todas as doenças são. Mas o cancro é tão sujo, às vezes, doi tanto, as pessoas ficam tão frageis, tão doentes, tão pequeninas nos tratamentos contra ele.
E é talvez por isso que lamento que tenha morrido. Porque lutou até ao fim. Porque acreditou. Porque mesmo doente e frágil continuou a viver e a trabalhar. E a sorrir aos fotógrafos e aos fãs. Porque não desistiu.
Gostava dele sem ser exactamente fã.
E claro que vi o Dirty Dancing como quase toda a gente. Embora ache que só vi uma vez - o que parece ser um caso raro - e nem me lembre bem da história (confesso que o gravei ontem para rever). E vi o Ghost que arrancou suspiros e sonhos (qual de nós não sonha com um amor assim?). E mais um dois filmes de que não guardo detalhes.
Mas para mim, a memória de Patrick Swayze é uma série, há muitos anos, antes do MEO e de haver vídeo lá em casa para poder gravar.
Parava tudo para ver, vibrava com a história, "sofria" por aquela amizade entre os dois opostos. E pelo rapaz sulista, simpático, de coração nobre e sorriso aberto (embora suspirasse mais pelo rapazito do Norte... seria um presságio???).
Pela morte. Mas, principalmente, porque me parece que lutou muito contra aquele cancro, que sofreu um bocado, e que merecia ter conseguido.
A morte pelo Cancro doi-me sempre. Talvez por já o ter tido por perto em pessoas importantes na minha vida e nos meus afectos. Talvez pelo fantasma que paira sempre no meu peito. Ou pelo medo dos 4 meses sem voz.
Acho-o injusto. Como provavelmente todas as doenças são. Mas o cancro é tão sujo, às vezes, doi tanto, as pessoas ficam tão frageis, tão doentes, tão pequeninas nos tratamentos contra ele.
E é talvez por isso que lamento que tenha morrido. Porque lutou até ao fim. Porque acreditou. Porque mesmo doente e frágil continuou a viver e a trabalhar. E a sorrir aos fotógrafos e aos fãs. Porque não desistiu.
Gostava dele sem ser exactamente fã.
E claro que vi o Dirty Dancing como quase toda a gente. Embora ache que só vi uma vez - o que parece ser um caso raro - e nem me lembre bem da história (confesso que o gravei ontem para rever). E vi o Ghost que arrancou suspiros e sonhos (qual de nós não sonha com um amor assim?). E mais um dois filmes de que não guardo detalhes.
Mas para mim, a memória de Patrick Swayze é uma série, há muitos anos, antes do MEO e de haver vídeo lá em casa para poder gravar.
Parava tudo para ver, vibrava com a história, "sofria" por aquela amizade entre os dois opostos. E pelo rapaz sulista, simpático, de coração nobre e sorriso aberto (embora suspirasse mais pelo rapazito do Norte... seria um presságio???).
Eu gostava dele. E tenho pena que não tenha conseguido.
19 de setembro de 2009
Num dia de Agosto...
"A minha decisão está tomada, eu vou desertar."
Havia um poema assim quando eu andava no liceu. Era um poema em francês. Escrito, se a memória não me engana, por um combatente camponês na 2a guerra mundial. Um "partisan". Traduzi-o nessa época. Uma tradução livre, que não recordo ter sido apenas por prazer ou por obrigação académica.
Lembro-me de sempre me ter atraído este poema, quase um desabafo, em que alguém explicava porque ía desertar. Não retive o resto do poema, os detalhes da explicação, porque desertava (embora ainda o deva ter por aí, nas poucas recordações "fisicas" que carrego ao longo da vida) mas a frase ficou para sempre "a minha decisão está tomada, eu vou desertar".
Por estes dias vem-me de novo à memória.
Mesmo sabendo que não se trata de uma deserção, que não é uma "traição à pátria". Mas depois de 12 anos, está tudo feito por aqui. É tempo de partir, de regressar a casa.
O processo ainda mal começou. Não sei qual é o desfecho, o destino.
Há o destino desejado e o destino possível. Naturalmente, torço pelo primeiro.
Do destino, depende também o timing... da conclusão, feliz ou não, do processo em curso.
Já não estou, realmente, aqui. "Já lá estou, antes de chegar", seja qual for o resultado. Mas, citando a minha amiga, foi alcançado o "ponto de não retorno".
É tempo de abrir os armários e deixar sair os fantasmas. De lamber e deixar sarar as feridas. É tempo de seguir em frente sem culpas e sem mágoas.
A minha decisão está tomada, eu vou desertar.
E voltar, tanto tempo depois, para casa.
Havia um poema assim quando eu andava no liceu. Era um poema em francês. Escrito, se a memória não me engana, por um combatente camponês na 2a guerra mundial. Um "partisan". Traduzi-o nessa época. Uma tradução livre, que não recordo ter sido apenas por prazer ou por obrigação académica.
Lembro-me de sempre me ter atraído este poema, quase um desabafo, em que alguém explicava porque ía desertar. Não retive o resto do poema, os detalhes da explicação, porque desertava (embora ainda o deva ter por aí, nas poucas recordações "fisicas" que carrego ao longo da vida) mas a frase ficou para sempre "a minha decisão está tomada, eu vou desertar".
Por estes dias vem-me de novo à memória.
Mesmo sabendo que não se trata de uma deserção, que não é uma "traição à pátria". Mas depois de 12 anos, está tudo feito por aqui. É tempo de partir, de regressar a casa.
O processo ainda mal começou. Não sei qual é o desfecho, o destino.
Há o destino desejado e o destino possível. Naturalmente, torço pelo primeiro.
Do destino, depende também o timing... da conclusão, feliz ou não, do processo em curso.
Já não estou, realmente, aqui. "Já lá estou, antes de chegar", seja qual for o resultado. Mas, citando a minha amiga, foi alcançado o "ponto de não retorno".
É tempo de abrir os armários e deixar sair os fantasmas. De lamber e deixar sarar as feridas. É tempo de seguir em frente sem culpas e sem mágoas.
A minha decisão está tomada, eu vou desertar.
E voltar, tanto tempo depois, para casa.
18 de setembro de 2009
Madeira
A propósito do meu amigo que tem a imensa SORTE de ir trabalhar uns tempos para a Madeira... lembrei-me de algumas coisas de que gosto por lá:
Aquele mar imenso
Aquele verde a perder de vista
A pronúncia "maderense"
A baía do Funchal
A luz do Funchal
As ruas do Funchal
O Funchal
As cascatas na serra
As levadas
As estradas estreitinhas
A senhora do Monte
O bolo do caco
A poncha
O bolo de mel
O vinho da Madeira
As flores por todo o lado
O bailinho (porque me dá sempre vontade de dançar)
As pessoas
As lembranças felizes. Muitas. Muito felizes.
31 de agosto de 2009
Thank you, prime minister
Mais um dia de "fantochada"... até é capaz de vir a ser divertido, mas não deixa de ser um daqueles dias "para a fotografia".
Em época de pré-campanha eleitoral, todas as inaugurações se fazem e hoje calhou-me a mim, a nós, fazer parte do roteiro. Espero conseguir escapar aos "flashs" mas, principalmente, aos nervos de quem manda e que hoje regressa.
Uma equipa deslocada "em peso" para que pareça estar tudo a funcionar quando, de facto, ainda não está cá ninguém. Vamos lá ver...
Algumas horas depois....
Sim, foi uma "mise-en-céne".
Sim, todos fingimos estar a fazer alguma coisa que não era exactamente real
Mas não houve grandes nervos e correu tudo bem.
Sim, também foi divertido.
Os flashes, os discursos, as perguntas, a palmadinha nas costas :)
E "ele" é muito simpático.
Fica um dia diferente e uma história para contar, daqui a muitos anos, aos netos... (sobrinhos-netos, naturalmente, o que é que já estavas para aí a pensar????.
Só não é tão inesperada, emocionante, divertida e catalizadora como aquela outra, do Scolari, há muitos anos. Mas essa, essa é outra história :)
Em época de pré-campanha eleitoral, todas as inaugurações se fazem e hoje calhou-me a mim, a nós, fazer parte do roteiro. Espero conseguir escapar aos "flashs" mas, principalmente, aos nervos de quem manda e que hoje regressa.
Uma equipa deslocada "em peso" para que pareça estar tudo a funcionar quando, de facto, ainda não está cá ninguém. Vamos lá ver...
Algumas horas depois....
Sim, foi uma "mise-en-céne".
Sim, todos fingimos estar a fazer alguma coisa que não era exactamente real
Mas não houve grandes nervos e correu tudo bem.
Sim, também foi divertido.
Os flashes, os discursos, as perguntas, a palmadinha nas costas :)
E "ele" é muito simpático.
Fica um dia diferente e uma história para contar, daqui a muitos anos, aos netos... (sobrinhos-netos, naturalmente, o que é que já estavas para aí a pensar????.
Só não é tão inesperada, emocionante, divertida e catalizadora como aquela outra, do Scolari, há muitos anos. Mas essa, essa é outra história :)
24 de agosto de 2009
Quase Outono na minha rua...
Comentário...
... esta manhã de alguém que almoçou comigo na sexta em Lisboa e não me via desde Janeiro:
“não te disse na sexta mas os teus quase 40 anos estão a deixar-te uma Uma mulher especialmente interessante…”.
Será? Que bom :D
“não te disse na sexta mas os teus quase 40 anos estão a deixar-te uma Uma mulher especialmente interessante…”.
Será? Que bom :D
23 de agosto de 2009
Giani... quê???
A propósito da nova campanha de Verão da tmn, tenho ouvido tudo e mais alguma coisa… Principalmente… suspiros ;)
Deles, pela loira (que é gira, pronto), simpática e divertida Luana.
Delas, pelo Gianecchini. Que também é giro, pronto. Mas um bocadinho... "sem sal"
Comparem lá se entre ele e o Figo...
Deles, pela loira (que é gira, pronto), simpática e divertida Luana.
Delas, pelo Gianecchini. Que também é giro, pronto. Mas um bocadinho... "sem sal"
Comparem lá se entre ele e o Figo...
fonte das fotos: Campanha de Verão tmn; site da Caras
20 de agosto de 2009
De repente percebi…
...que tenho quase 40 anos e estou a ficar a “tia solteirona” da família…
Para o bem ou para o mal, ninguém na família esteve sozinho até tão tarde.
Sem filhos houve, e com isso não me chateiam. Mamãe até já disse que “dispensa” netos por este lado.
Folgo em saber. Não acho essa parte da “dispensa” lá muito simpática, mas folgo em saber. Não que estivesse muito preocupada com isso, não tenciono ter filhos e não.
A mana tem pena. Mesmo havendo as sobrinhas, “teus era diferente”.
Pois era. Eu sei que era. Como é diferente os sobrinhos por serem “do teu”.
Os três sobrinhos mais velhos também achavam piada. Faz-lhes um bocadinho de confusão eu não querer ter filhos.Quando lhes digo que já tenho 4 "filhos do coração" respondem logo que não é a mesma coisa e não são meus filhos... e mai nada!
Já o facto de não conhecerem “namorado” e volta e meia ficarem na dúvida se há ou não (neste momento não há e já perceberam) …leva a comentários. Vai havendo “piadas de bastidores” sobre “gata” em vez de “gato” e coisas do género.Por acaso não… até podia ser, mas não. Nunca aconteceu.Tenho é esta mania das paixões assolapadas pelos homens “errados”!! E isso… não mata mas moi. Mas pode ser que me "cure" um dia destes.
Há "cenas" por causa de mensagens e telefonemas e ausências mais ou menos prolongadas. Não é que me incomode muito, na maior parte dos casos nem tem nada a ver com o namorado, mas às vezes chateia um bocado.
"Solteirona”, à beira dos 40 (que o Paco diz que é a idade da ternura e eu espero que tenha razão) e sozinha no Porto… eu bem digo que está na altura de mudar de vida...
Para o bem ou para o mal, ninguém na família esteve sozinho até tão tarde.
Sem filhos houve, e com isso não me chateiam. Mamãe até já disse que “dispensa” netos por este lado.
Folgo em saber. Não acho essa parte da “dispensa” lá muito simpática, mas folgo em saber. Não que estivesse muito preocupada com isso, não tenciono ter filhos e não.
A mana tem pena. Mesmo havendo as sobrinhas, “teus era diferente”.
Pois era. Eu sei que era. Como é diferente os sobrinhos por serem “do teu”.
Os três sobrinhos mais velhos também achavam piada. Faz-lhes um bocadinho de confusão eu não querer ter filhos.Quando lhes digo que já tenho 4 "filhos do coração" respondem logo que não é a mesma coisa e não são meus filhos... e mai nada!
Já o facto de não conhecerem “namorado” e volta e meia ficarem na dúvida se há ou não (neste momento não há e já perceberam) …leva a comentários. Vai havendo “piadas de bastidores” sobre “gata” em vez de “gato” e coisas do género.Por acaso não… até podia ser, mas não. Nunca aconteceu.Tenho é esta mania das paixões assolapadas pelos homens “errados”!! E isso… não mata mas moi. Mas pode ser que me "cure" um dia destes.
Há "cenas" por causa de mensagens e telefonemas e ausências mais ou menos prolongadas. Não é que me incomode muito, na maior parte dos casos nem tem nada a ver com o namorado, mas às vezes chateia um bocado.
"Solteirona”, à beira dos 40 (que o Paco diz que é a idade da ternura e eu espero que tenha razão) e sozinha no Porto… eu bem digo que está na altura de mudar de vida...
11 de agosto de 2009
o povo costuma dizer...
"Quem tem sorte ao jogo não tem sorte aos amores."
E eu até costumo achar que o povo tem sempre razão mas... assim de repente, não se podia trocar isto???
É que eu, que nunca jogo e que esta semana, vá-se lá saber porquê, joguei... ganhei 21 euritos (19, se descontar os 2 que tinha pago).
É giro e tal mas... e sorte ao amor, não??
Assim de repente... era tão melhor :(
E eu até costumo achar que o povo tem sempre razão mas... assim de repente, não se podia trocar isto???
É que eu, que nunca jogo e que esta semana, vá-se lá saber porquê, joguei... ganhei 21 euritos (19, se descontar os 2 que tinha pago).
É giro e tal mas... e sorte ao amor, não??
Assim de repente... era tão melhor :(
3 de agosto de 2009
Torce por mim
Nao te posso contar, mas torce por mim.
Para correr bem. Para que os deuses façam com que aconteça.
Nao te posso contar. Ainda. É quase segredo.
Mas acho que vais ficar feliz quando for verdade e te puder dizer.
Por isso, mesmo em silêncio, mesmo sem saberes porquê, torce por mim.
Para correr bem. Para que os deuses façam com que aconteça.
Nao te posso contar. Ainda. É quase segredo.
Mas acho que vais ficar feliz quando for verdade e te puder dizer.
Por isso, mesmo em silêncio, mesmo sem saberes porquê, torce por mim.
2 de agosto de 2009
7 de julho de 2009
24 de junho de 2009
Stop the clocks
Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
W. H Auden
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.
Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.
He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.
The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.
W. H Auden
14 de junho de 2009
Ausências...
A minha mãe cobra o silêncio. As mensagens que chegam e de que desconhece o autor. Poucas. Raras, nos dias que correm. Os telefonemas, quase inexistentes, mas ainda assim, para ela, demasiados. As coisas que não conto.
Acusa-me de deslealdade pelo que não partilho da minha vida. Não é a primeira vez que o faz. Não será a última. Por não ser reciproco, o partilhar. "Ameaça" retaliar. "Eu vou passar a fazer o mesmo". Como se fosse condição para um, a existência do outro. Que não peço. Que não escolhi.
Pergunto-me se não ficaria chocada ao descobrir a banalidade, a monotonia, da minha vida tão longe dela. E surpresa como o facto de aquele que é, efectivamente, o único segredo, estar tão próximo.
Tem a certeza que eu tenho uma "vida secreta". Que a exclui. Que a magoa.
Quando fico dias em silêncio, não lhe ocorre que posso precisar de colo. Precisar que me procurem, que sintam a minha falta. Que tenham saudades minhas (não nos cansamos todos, volta e meia, da comunicação num só sentido?). Para a minha mãe, nesses momentos, devo "estar lá na tua vida secreta" que decidiu que eu tenho e hei-de voltar a dar noticias quando me apetecer.
Não lhe ocorre que posso estar cansada, cheia de trabalho, a correr de um lado para o outro. Que posso, simplesmente, não ter nada para dizer.
A minha mãe, que tudo cobra, magoa-se com o que não lhe conto e choca-se com o que lhe digo.
O "almoço em Coimbra" (que nunca existiu de facto) deu-lhe todas as respostas que julga ter. As opções que tomo e de que lhe falo abertamente, chocam-na, Porque só "as mulheres casadas" o fazem. As mulheres solteiras quase com 40 anos, bem resolvidas e com opções definidas, não. Há outras escolhas. Por isso, devo ter casado e não lhe contei. "Menina para isso és tu", diz mamãe.
Surpreendida, hesito entre a dor e o riso. A minha mãe tem 58 anos e surpreende-me com este "choque". Não o esperava. Não assim. Atirado de chofre no meio de uma discussão (mais uma) semanas depois do momento em que conversámos sobre isso e nada do género foi dito. Não por causa de um telefonema (que foi um erro a todos os níveis e não devia ter acontecido) ao entardecer.
Opto pelo riso. Ou vai doer tanto que é dificil voltar atrás. E mamãe é mamãe. Sempre e apesar de tudo.
Não te preocupes: não o faria sem, pelo menos, to comunicar. E na, imensa, improbabilidade de acontecer um dia, espero ter-te lá. Com a mana. E até mesmo o mano distante, quem sabe."Tudo o que vivi, estou a partilhar contigo".
Talvez não seja, afinal, "menina para isso".
A minha amiga sente-me diferente. Mais distante. "Evasiva", foi a palavra que usou.
Queixa-se do silêncio, mas não lê realmente o que escrevo, o que lhe conto.
Tem todas as respostas, sem entrelinhas, nos mails imensos, embora raros, que ainda lhe escrevo de vez em quando.
E no meio de tudo isto, mágoa e solidão. A alegada independencia e auto-suficiencia, tem um preço elevado.
A escolha do que quero, como e com quem, partilhar também.
2 de junho de 2009
Eu vou ter saudades dele, vou sim
O meu menino, é um senhor
E foi aplaudido, de pé, por um estádio inteiro, na hora de dizer adeus.
E foi aplaudido, de pé, por um estádio inteiro, na hora de dizer adeus.
1 de junho de 2009
Lu
Por estes dias tenho saudades da tua leveza.
Dos tempos em que te ouvia durante horas falar de amores e desamores.
E eram tantos. Sempre tantos. Em cadeia. Por vezes em simultâneo.
Dos nossos cafés às 4 da tarde que se transformavam em jantares até de madrugada. Do fondue e das caipiroskas improvisados em fins-de-tarde.
Por esses dias o mundo era quase sempre mais leve. Mesmo quando havia feridas para lamber. Ouvir-te era esquecer-me de mim. E também era ter um ombro por perto em momentos complicados. Mesmo quando não sabia que o queria. Mesmo quando achava não precisar dele.
Não é do ombro, a falta que sinto. Ainda que me apetecesse, muito, partilhar tanto do meu mundo de hoje contigo. É da leveza. Do riso. Da inconsequência. Do “drama” que era o hoje sabendo que amanhã ia acontecer tudo outra vez.
O silêncio não acontece por acaso. E nós, tu, estamos em silêncio há muitos meses.
Demasiados dias. Demasiados “dramas”. Eu sei.
E também sei que a minha Saudade é egoísta porque vem da necessidade de esquecer. De não pensar. De olhar noutra direcção que não a minha. Que a leveza que hoje me faz falta, foi o que me fez sentir só nos meses em que o silêncio não era uma escolha.
Mas quero que saibas, tu que não me lês nunca, que tenho saudades tuas e que sinto a tua falta.
Dos tempos em que te ouvia durante horas falar de amores e desamores.
E eram tantos. Sempre tantos. Em cadeia. Por vezes em simultâneo.
Dos nossos cafés às 4 da tarde que se transformavam em jantares até de madrugada. Do fondue e das caipiroskas improvisados em fins-de-tarde.
Por esses dias o mundo era quase sempre mais leve. Mesmo quando havia feridas para lamber. Ouvir-te era esquecer-me de mim. E também era ter um ombro por perto em momentos complicados. Mesmo quando não sabia que o queria. Mesmo quando achava não precisar dele.
Não é do ombro, a falta que sinto. Ainda que me apetecesse, muito, partilhar tanto do meu mundo de hoje contigo. É da leveza. Do riso. Da inconsequência. Do “drama” que era o hoje sabendo que amanhã ia acontecer tudo outra vez.
O silêncio não acontece por acaso. E nós, tu, estamos em silêncio há muitos meses.
Demasiados dias. Demasiados “dramas”. Eu sei.
E também sei que a minha Saudade é egoísta porque vem da necessidade de esquecer. De não pensar. De olhar noutra direcção que não a minha. Que a leveza que hoje me faz falta, foi o que me fez sentir só nos meses em que o silêncio não era uma escolha.
Mas quero que saibas, tu que não me lês nunca, que tenho saudades tuas e que sinto a tua falta.
27 de maio de 2009
23 de maio de 2009
16 de maio de 2009
Blue days...
Estão cinzentos os céus. Mesmo que o sol brilhe lá fora.
Há momentos em que tudo parece fazer sentido, momentos mágicos, em que universo conspira a meu favor. E depois há os outros. Como os dias que correm.
Um aniversário doloroso de lembrar.
Uma fusão difícil de aceitar.
Um amor complicado de viver.
E tudo em ebulição. Tudo em causa. Todos os sentidos perdidos. É preciso seguir adiante. Fazer sentido. Ter coragem. Aceitar a mudança…
Como? Como é que se faz? Como é que se segue adiante quando só nos apetece ficar quietos? Enrolada no sofá sem pensar, sem sentir? Desligar o telemóvel. Fechar a porta. Apagar as luzes. Morrer para o mundo por umas horas, por uns dias. Esqueçam-se de mim. Só um bocadinho. Amanhã eu volto. Prometo.
Que vontade de ser pequenina outra vez. De poder ter medo. De não ter de tomar decisões. De poder chorar…
Até me lembrar que nunca fui pequenina, que não pude ter medo e havia sempre decisões a tomar.
É preciso levantar e avançar. Melhores dias virão. Azuis.
E ter-te por perto ajuda tanto...
Há momentos em que tudo parece fazer sentido, momentos mágicos, em que universo conspira a meu favor. E depois há os outros. Como os dias que correm.
Um aniversário doloroso de lembrar.
Uma fusão difícil de aceitar.
Um amor complicado de viver.
E tudo em ebulição. Tudo em causa. Todos os sentidos perdidos. É preciso seguir adiante. Fazer sentido. Ter coragem. Aceitar a mudança…
Como? Como é que se faz? Como é que se segue adiante quando só nos apetece ficar quietos? Enrolada no sofá sem pensar, sem sentir? Desligar o telemóvel. Fechar a porta. Apagar as luzes. Morrer para o mundo por umas horas, por uns dias. Esqueçam-se de mim. Só um bocadinho. Amanhã eu volto. Prometo.
Que vontade de ser pequenina outra vez. De poder ter medo. De não ter de tomar decisões. De poder chorar…
Até me lembrar que nunca fui pequenina, que não pude ter medo e havia sempre decisões a tomar.
É preciso levantar e avançar. Melhores dias virão. Azuis.
E ter-te por perto ajuda tanto...
2 de maio de 2009
11 de março de 2009
Silêncios...
Meses de silêncio e de repente… um mail. Para que eu saiba que pensas em mim.
Que queres manter-te em contacto. “O tempo é que não é muito….não é por falta de vontade….”
Desapareceu o frio na barriga quando te vejo chegar. A surpresa não.
Pergunto-me porquê agora? Tantos meses depois daquele dia de Dezembro.
Pergunto-me se terás ficado a pensar nisso.
É terno o teu mail. Surpreendente e terno.A minha amiga acha que tens vontade de estar por perto. De manter entreaberta uma porta que já foi fechada.
Eu prefiro que vás. De vez. E em silêncio. Há portas que se fecham para sempre.
Que queres manter-te em contacto. “O tempo é que não é muito….não é por falta de vontade….”
Desapareceu o frio na barriga quando te vejo chegar. A surpresa não.
Pergunto-me porquê agora? Tantos meses depois daquele dia de Dezembro.
Pergunto-me se terás ficado a pensar nisso.
É terno o teu mail. Surpreendente e terno.A minha amiga acha que tens vontade de estar por perto. De manter entreaberta uma porta que já foi fechada.
Eu prefiro que vás. De vez. E em silêncio. Há portas que se fecham para sempre.
15 de fevereiro de 2009
Choro amanhã, está bem?
Li algures, há muito tempo, numa qualquer revista dita “feminina”, que quando estivermos mais em baixo e a precisar de férias, podemos recarregar baterias num terminal de aeroporto. Hoje percebi porquê. Gosto de aeroportos. Do bulício, das pessoas de um lado para o outro. Dos rituais. Da promessa de viagem.
Mas hoje não quero estar aqui. Descubro que é a primeira vez que me despeço de alguém que amo num aeroporto. Sou sempre eu quem parte.
Dia longo, este. De emoções fortes. Feliz e amargo ao mesmo tempo. Por muitas razões, a muitos níveis. Dia de “nervoso miudinho”. De risos e cumplicidades.
E de lágrimas também. Como agora, aqui. Neste aeroporto de que tanto gosto. O mano vai embora daqui a pouco. Para Angola. Por muito tempo. Para sempre?
Não veio ninguém. Não sei porquê, mas não veio. Talvez seja mais fácil assim. Para quem? Para ele? Não creio. Eu vim. Por ele. Pelas bambinas. Por mim também.
A mais velha não se conteve e já chorou em casa. A pequenina brinca e vive o aeroporto pela primeira vez.
Está mais séria. Sabe que é preciso não chorar ao pé do pai. Faz muitas perguntas. Sobre viagens, Sobre aviões. Sobre “para onde vão as malas? Porque é que o pai não traz a mala grande?” quando depois do check-in só ficou a bagagem de mão.
Ganho um novo encanto aos seus olhos “já andaste de avião”??? Já meu amor. Muitas vezes, felizmente. E se depender de mim, hei-de voar muitas mais.
Fascinante esta descoberta :) “Quando formos visitar o pai, vens connosco. Já sabes como é.” A mãe sorri e concorda. “Sim, é melhor trazer alguém com experiência”.
E depois é o adeus. Não há como adiar. Ele está contido, solene. Quase não fala. É sempre assim. A pequenina abraça-o muito. E os olhos brilham mas mantém-se firme “entrou uma pestana no meu olho”. Meu amor. Menina valente, esta pequenina. A mais velha atira-se nos braços do pai em pranto mas também ela acaba por se conter. Para o pai não ir embora triste.
Como conter as lágrimas quando o “até já” parece ser para sempre?
De saída, brincamos, eu e a mãe, com tudo o que vamos fazer quando formos, também nós, viajar ao encontro do pai. Que gira vai ser a viagem de avião :)
Mas a pequenina já aguentou demais. E de repente está a chorar. Sem dizer nada. Quando a mãe pergunta “então…?” responde naquela voz doce que só ela tem “tenho saudades do pai…”
A mãe é um doce em ternura para aquelas duas filhas. Agora podem, o pai já não vê. Já não fica triste.
E eu fico ali a dar colo às três. Afinal, foi para isso que vim.
Pelo sim, pelo não, choro amanhã, está bem?
Mas hoje não quero estar aqui. Descubro que é a primeira vez que me despeço de alguém que amo num aeroporto. Sou sempre eu quem parte.
Dia longo, este. De emoções fortes. Feliz e amargo ao mesmo tempo. Por muitas razões, a muitos níveis. Dia de “nervoso miudinho”. De risos e cumplicidades.
E de lágrimas também. Como agora, aqui. Neste aeroporto de que tanto gosto. O mano vai embora daqui a pouco. Para Angola. Por muito tempo. Para sempre?
Não veio ninguém. Não sei porquê, mas não veio. Talvez seja mais fácil assim. Para quem? Para ele? Não creio. Eu vim. Por ele. Pelas bambinas. Por mim também.
A mais velha não se conteve e já chorou em casa. A pequenina brinca e vive o aeroporto pela primeira vez.
Está mais séria. Sabe que é preciso não chorar ao pé do pai. Faz muitas perguntas. Sobre viagens, Sobre aviões. Sobre “para onde vão as malas? Porque é que o pai não traz a mala grande?” quando depois do check-in só ficou a bagagem de mão.
Ganho um novo encanto aos seus olhos “já andaste de avião”??? Já meu amor. Muitas vezes, felizmente. E se depender de mim, hei-de voar muitas mais.
Fascinante esta descoberta :) “Quando formos visitar o pai, vens connosco. Já sabes como é.” A mãe sorri e concorda. “Sim, é melhor trazer alguém com experiência”.
E depois é o adeus. Não há como adiar. Ele está contido, solene. Quase não fala. É sempre assim. A pequenina abraça-o muito. E os olhos brilham mas mantém-se firme “entrou uma pestana no meu olho”. Meu amor. Menina valente, esta pequenina. A mais velha atira-se nos braços do pai em pranto mas também ela acaba por se conter. Para o pai não ir embora triste.
Como conter as lágrimas quando o “até já” parece ser para sempre?
De saída, brincamos, eu e a mãe, com tudo o que vamos fazer quando formos, também nós, viajar ao encontro do pai. Que gira vai ser a viagem de avião :)
Mas a pequenina já aguentou demais. E de repente está a chorar. Sem dizer nada. Quando a mãe pergunta “então…?” responde naquela voz doce que só ela tem “tenho saudades do pai…”
A mãe é um doce em ternura para aquelas duas filhas. Agora podem, o pai já não vê. Já não fica triste.
E eu fico ali a dar colo às três. Afinal, foi para isso que vim.
Pelo sim, pelo não, choro amanhã, está bem?
4 de fevereiro de 2009
31 de Janeiro
A minha menina casou.
Num dia que começou bonito e acabou em noite de temporal.
Num dia em que espero que tudo tenha corrido exactamente como ela esperava, ou ainda melhor, a minha menina casou.
E foi bonito. A minha menina e o meu "novo menino" estavam felizes.
Plantaram, juntos, uma árvore.
E eu espero que cresça. Para sempre.
Num dia que começou bonito e acabou em noite de temporal.
Num dia em que espero que tudo tenha corrido exactamente como ela esperava, ou ainda melhor, a minha menina casou.
E foi bonito. A minha menina e o meu "novo menino" estavam felizes.
Plantaram, juntos, uma árvore.
E eu espero que cresça. Para sempre.
1 de janeiro de 2009
Escrever o teu nome...
Vou escrever o teu nome numa folha de papel. Dizer-te o quanto te amo e quero. A pele, o toque, o desejo, o olhar. Mesmo sabendo que amo um desconhecido fora das quatro paredes do nosso quarto.
Que pouco mais sei de quem és, do que pensas, do que sentes. Esquecer que não foi essa a tua escolha, que não sou eu quem acorda ao teu lado em cada manhã.
Dizer-te que desprezo a tua cobardia mais do que lamento a escolha. Que o “nunca”, “ninguém”… “mato-me”… são tão ridículos e tão pequeninos que fazem com que deixes de valer a pena.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel. Pedir-te que partas para não mais voltar. Porque foram dias e não horas no meu aniversário. Porque me fazes sentir uma adolescente parva quando resolves dar sinal de vida.
Porque podes sempre no dia antes ou no dia seguinte, mas raramente quando quero e posso. Porque já não é bom e não me faz feliz. Porque nunca me dizes que estou bonita, nunca partilhamos um livro ou uma viagem, um filme ou um pôr-do-sol. E eu não quero nem preciso de ti na minha vida.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel. Dizer-te que sou mais do que um “banco” ou alguém com quem podes contar. Que fico feliz por gostares tanto da tua mulher, da tua família, mas que também podias gostar um bocadinho mais de nós de vez em quando. Que te adoramos e estamos sempre cá e que gostávamos de sentir que também tens saudades nossas e que é bom estar perto.
Vou dizer-te que preferia que tivesse sido diferente o “pós-natal”. Que vou sentir muito a tua falta mesmo que agora raras vezes te veja. Que sinto o coração apertado nesta despedida sem data marcada de reencontro. Que quero muito que o teu sonho se cumpra porque te faz feliz, mas o atlântico é muito grande e tu estás muito longe e eu preferia ter-te por perto mesmo quando não te vejo…
Vou dizer-te que te amo e que já tenho saudades tuas. E que vou estar sempre, sempre, sempre aqui. Mesmo quando te digo “não”.
Vou escrever os teus nomes numa folha de papel.
Os dias doídos de Abril no meu peito. As pequenas/ grandes coisas que me amachucaram “um bocadinho” neste ano que agora terminou. O meu “umbigo”. A minha amiga, A minha “outra” amiga também. O meu emprego.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel.
De ti, meu menino. De ti, meu antigo amor. De ti.
Dos dias doídos de Abril. Do meu umbigo. Da minha amiga. Da minha “outra” amiga também. Do meu emprego.
Dos que amo e me amam. Dos que me deixam “gostar de ti”. E dos que nem por isso.
E depois, muito devagarinho, queimar tudo. Para que o vento os leve para longe e sobre apenas o que de bom ficou.
Feliz ano novo.
Que pouco mais sei de quem és, do que pensas, do que sentes. Esquecer que não foi essa a tua escolha, que não sou eu quem acorda ao teu lado em cada manhã.
Dizer-te que desprezo a tua cobardia mais do que lamento a escolha. Que o “nunca”, “ninguém”… “mato-me”… são tão ridículos e tão pequeninos que fazem com que deixes de valer a pena.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel. Pedir-te que partas para não mais voltar. Porque foram dias e não horas no meu aniversário. Porque me fazes sentir uma adolescente parva quando resolves dar sinal de vida.
Porque podes sempre no dia antes ou no dia seguinte, mas raramente quando quero e posso. Porque já não é bom e não me faz feliz. Porque nunca me dizes que estou bonita, nunca partilhamos um livro ou uma viagem, um filme ou um pôr-do-sol. E eu não quero nem preciso de ti na minha vida.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel. Dizer-te que sou mais do que um “banco” ou alguém com quem podes contar. Que fico feliz por gostares tanto da tua mulher, da tua família, mas que também podias gostar um bocadinho mais de nós de vez em quando. Que te adoramos e estamos sempre cá e que gostávamos de sentir que também tens saudades nossas e que é bom estar perto.
Vou dizer-te que preferia que tivesse sido diferente o “pós-natal”. Que vou sentir muito a tua falta mesmo que agora raras vezes te veja. Que sinto o coração apertado nesta despedida sem data marcada de reencontro. Que quero muito que o teu sonho se cumpra porque te faz feliz, mas o atlântico é muito grande e tu estás muito longe e eu preferia ter-te por perto mesmo quando não te vejo…
Vou dizer-te que te amo e que já tenho saudades tuas. E que vou estar sempre, sempre, sempre aqui. Mesmo quando te digo “não”.
Vou escrever os teus nomes numa folha de papel.
Os dias doídos de Abril no meu peito. As pequenas/ grandes coisas que me amachucaram “um bocadinho” neste ano que agora terminou. O meu “umbigo”. A minha amiga, A minha “outra” amiga também. O meu emprego.
Vou escrever o teu nome numa folha de papel.
De ti, meu menino. De ti, meu antigo amor. De ti.
Dos dias doídos de Abril. Do meu umbigo. Da minha amiga. Da minha “outra” amiga também. Do meu emprego.
Dos que amo e me amam. Dos que me deixam “gostar de ti”. E dos que nem por isso.
E depois, muito devagarinho, queimar tudo. Para que o vento os leve para longe e sobre apenas o que de bom ficou.
Feliz ano novo.
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