22 de março de 2012

Abraços inesperados

Em dias de lágrimas, devia ser sempre assim: a doçura de um abraço e a ternura do meu amor pequenino.
O mais velho pergunta sempre: "o que é que vieste cá fazer?" e eu respondo, inevitavelmente, "ver-te, claro. Não queria que tivesses saudades minhas". Fica desarmado com esta resposta e entre resmungos e sorrisos lá vai perguntando "agora a sério, o que é que vieste cá fazer?" - "vim ver-te e trazer morangos e mais umas coisas à tua avó". E ele sorri.

O pequenino não pergunta nada. Faz aquele ar de malandro, não me dá um beijo, esconde a cara para me "obrigar" a roubar-lhe um (diz-se que os melhores não se dão, roubam-se não é?) e depois sorri (de chucha, claro!!!) abraça o meu pescoço e fica ali a fazer nós no meu cabelo muito encostadinho a mimar a tia :D

É tão boooommm!!! O mundo podia parar por um momento...
Quando vou e volto dividida entre ele, a mãe, o mano dele e o Zippy (que também reclama o seu quinhão de atenção desta "tia" que é a única que lhe dá mimos porque não tem medo dele) abraça-me sempre e brinca e faz malandrices. Tem a mania de ter sempre um pé descalço (que não me deixa calçar) e faço-lhe cócegas no pé e na barriga só para o ouvir rir com aquelas gargalhadas só dele :D e agora faz covinhas na cara quando ri... que delicia!!!

Ontem apanhei-o em flagrante delito a destruir umas caixas da avó... estava de gatas, meio escondido atrás do cavalo de madeira.. é pior que o gato, LOL. Claro que disfarça e faz ar de santo como quem diz "eu não fiz nada!!!" e fecha os olhos com um ar todo dengoso... e logo a seguir faz exatamente a mesma coisa!!! Não é á toa que é o nosso pirata!!

Como "castigo" meti-me à frente da televisão.. e ele, claro, veio logo todo lampeiro, para me tirar de lá. Como me agarrou nas mãos, rodopiei com ele pela sala e cantarolei ao mesmo tempo :D era suposto ser uma maneira de o tirar dali mas ele gostou, claro, e quis mais, por isso dançámos e dançámos e dançámos pela sala fora... e rimos até às lágrimas :D

E rodopiámos muito até ficar tontos e umas vezes de propósito (quase sempre ;) ) outras nem tanto caímos no sofá em cima da avó. Tentámos dançar com o André mas ele foi um chato e não quis :( Quando a mãe deles chegou, estávamos a rir e a rodopiar na sala e nem demos por ela :D

O meu amor pequenino e o meu amor grande são o maior presente da minha vida. Os meus amores perfeitos. Há dor e tristeza que resistam a isto? Não.

21 de março de 2012

...

Há pessoas de quem gosto muito. Muito muito muito.
E que gostam de mim.Que mo fazem sentir quase sem palavras. Acho mesmo que sem nunca terem dito "gosto de ti".

Ou a forma como as pequenas coisas que fazes e dizes são o abraço e ombro silenciosos que tens sempre o condão de ter dessa forma tão doce e tão tua.

E não sei se alguma vez to disse com palavras, e eu sei que sabes mas, também gosto muito de ti :)

20 de março de 2012

coisas que doem

tantos anos depois. sem aviso prévio. tanto. que nos apanham de surpresa e nos fazem chorar.

devagarinho. em silêncio. como os adultos.
é tempo de abrir finalmente o armário e deixar as lágrimas correr.
para sarar a dor.

dia 20

Gosto de dias 20.
Nasci a dia 20. Entrei na empresa a dia 20. Regressei "a casa" num dia 20.

E assim de repente... era só isso. Gosto de dias 20. Pronto.

5 de março de 2012

Estou a apaixonar-me…

Devagarinho, como devia ser sempre.

As coisas boas, as que ficam, deviam acontecer assim. Um dia, descobrimos que nos apaixonámos. E eu, já algum tempo que andava curiosa a teu respeito.

Por uma razão ou por outra, fui adiando a aproximação como se soubesse, como se pressentisse, que ia ser assim (não é a primeira vez, sabes, que me acontece apaixonar-me desta maneira). Por isso fui adiando e chegando com pezinhos de lã… aqui e ali… primeiro em entrevistas, nos jornais, nas televisões… depois nas crónicas da Visão… e gostando cada vez mais. Agora sigo-te no FB.

E rendi-me, de vez, nesta “Volta ao Mundo”:



Nunca comprei um livro teu, nunca li um livro teu.
Vou ler agora. O primeiro que escreveste. E quer-me cá parecer que vou ficar mesmo, mesmo fã...

Disse-te já: estou a apaixonar-me. E isso, meu caro, ainda que o não saibas, é para sempre.

1 de março de 2012

Arabesco

O prazer de uma manhã sem tempo… sem pressa, sem pressão. Uma boa leitura, a mente a divagar por lugares onde já estivemos ou queremos estar.

Um bom autor, que prazer… deixar o tempo passar sem dar por isso… sem olhar para o relógio num pequeno-almoço que se prolonga.

Sim, hoje é dia de trabalho. Sim, estamos em crise. Mas eu saí de casa de propósito para te ler esta manhã. Para comprar aquela revista, aquela edição especial só tua, toda tua.

Sem telemóvel a tocar. Sem despertador. Sem treinos de madrugada. Só eu e tu. Num café bonito. No bom-dia sorridente do Fernando “o costume, menina?”, “sim, obrigada”. Sem saber que não, hoje não é o costume.

Hoje não temos pressa, eu e tu.
Hoje não vou sair, mais ou menos a correr, pressionada pelo horário do metro ou do autocarro. Hoje vamos ficar aqui, tu e eu, a saborear este momento de prazer, esta meia-hora só nossa, de fotos lindas e textos que me fazem sonhar… apesar da crise e do frio e do dia de trabalho que (ainda) me esperam lá fora.