7 de outubro de 2009

Contra Mundum

Não esperes que lute por ti as batalhas que são tuas, porque não o farei.
Não fiques tão desiludida porque não o faço...

Não me sintas menos solidária por não lutar por ti. Não me recrimines. Não me censures. Não te sintas menos compreendida, menos acompanhada, menos amada.

Tenho as minhas próprias dores, as minhas mágoas. As minhas razões para estar triste com ele. Mas escolhi ficar ao seu lado apesar das tuas e das minhas dores.

É ao seu lado (e não do lado dele, nota bem) que me encontrarás sempre.

Não serei eu a julgá-lo. A atirar a primeira pedra. Mesmo quando choro, grito e barafusto. Mesmo quando me magoa a ponto de me fazer chorar. Mesmo quando me faz triste.

E posso dizer-lho sem me zangar com ele. Posso dizer-lho mesmo quando pensamos diferente e não concordamos. Mesmo quando achamos, ambos, a respeito do outro, "não tens razão".

Compreendo as tuas razões. Reconheço a tua razão.
Mas também ouço, compreendo e reconheço a dele.

Lamento que não tenhas gritos, lágrimas, "sangue" como esperavas.

Não lutei por ti. Achei que não era esse o meu papel.
Escolhi lutar as minhas batalhas. Com as minhas armas e as minhas rendições.

E ficar ao seu lado, como estou ao teu. Sempre.
Contra Mundum.

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