4 de outubro de 2010

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Foi um reencontro quase acidental. "Tropeçaram" um no outro no meio do nada.Descobriram que trabalham, literalmente, no cimo da rua um do outro.

Não se viam desde miúdos, colegas de liceu. Num tempo em que ela era uma "mana emprestada" muito protectora e presente. A namorada dele detestava-a e demorou muito tempo até aceitar que ele gostava dela por isso a rapariga lá devia ter alguma qualidade...

Nunca foram outra coisa que não "manos", quase inseparáveis. E a memória deles era de risos, sorrisos, confidências e horas de conversa sem o tempo passar. Antes, durante e depois dos namorados (dela), das namoradas (dele).

Por isso, quando se reencontraram foi fantástico! Que saudades! Tão bom!
O primeiro almoço, logo no dia seguinte, voou com tanta coisa para dizer, para contar, para falar. Ambos.

No segundo, poucos dias depois, só ele quase é que falava... e, reparou ela mais tarde, sempre dele, das coisas dele, sem olhar para ela.

No terceiro, as perguntas dela sobre a familia dele ficavam sempre sem resposta... e os silêncios pairavam quando não se falava da vida "pública" dele.

Então ela recuou. Deixou de atender o telefone, não respondeu a convites para almoçar. E ele percebeu, respeitou. Talvez sentisse o mesmo.

Ela estava cansada de equívocos. De situações dúbias. De viver a meias. A ter de acontecer seria com outro, e não ele, essa história.

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