29 de outubro de 2010

Gosto de cor-de-rosa

Rosa velho. Forte. Doce.

E de verde.
Tropa. Azeitona. E alface.

E de azul.
Gosto tanto de azul! Do “meu azul”. Da tmn, do 146, “do céu e do mar”.
Sempre gostei de azul. De todos em geral, deste em particular. Turquesa, dizem. Mas também gosto de preto e cinzento. E vermelho, que me faz feliz.

Gosto de livros.
E de água. Do mar profundo, da transparência das margens.

E de narcisos e chocolate amargo.
E de gatos. Gosto tanto de gatos!!

Mas também gosto de golfinhos e baleias e pinguins.
E de manatins e elefantes!

E de pardais. Adoro pardais!
Chamavam-me “pardalito” quando eu era pequenina. “Anda cá, pardalito”.

Gosto de Lisboa.
E de Londres. E de Cuba. E de Barcelona.

E do Porto que aprendi a amar.
Mas que não sei como me “prendeu” por tanto tempo longe de Lisboa.

Gosto do Rui Veloso. E do António Feio. E do Diogo Infante. E do Nelson Évora.
E do Figo, pois claro.

E do Che Guevara. E do Xanana Gusmão. E do Obama.
E de tantos outros.

Gosto dos manos.
E da mãe e da avó.

E dos sobrinhos. Todos.
Mas o pequenino derrete-me… com aquele sorriso e os “olhos bonitos” que me deixam de gelatina :D

Gosto da minha amiga. E do meu amigo.
E de mais alguns que passam por aqui ou nem sabem que existo.

Gosto de ti.

22 de outubro de 2010

Digas o que disseres...


... o raio do homem é giro que farta! :p

21 de outubro de 2010

Posso levá-lo para casa?





Posso? Posso? Posso? Pleaseeeeeeeeeeeee.....
Coisinha mai linda!!!

http://store.sacoor.com/coleccaopt

20 de outubro de 2010

Meu amor

Começa por sorrir envergonhado. Esconde a cara e olha-me de lado, a sorrir. Depois, todo decidido, vai buscar qualquer coisa para me mostrar. Um brinquedo, o gato, o mano.

E atira-se nos meus braços.

Faz-me festinhas na cara. Dá-me beijinhos “á esquimó”. E abraços apertados. Bons, bons, bons!! Solta-me o cabelo (que prendo de propósito antes de chegar para que o possa fazer) e sorri maravilhado quando a pequena cascata de cabelos se solta pelos ombros. Tira-me logo o elástico e dá á avó não vá eu resolver prender o cabelo outra vez.

Anda a cavalo em cima da minha barriga. E na curva da minha anca. A galope. E ri ás gargalhadas porque me torço toda quando me faz cócegas. Gargalhadas boas, lindas, de bébé.

E quando lhe pergunto: “anda, vamos ver o cão. Queres vir com a tia, amor?” abre aquele sorriso do tamanho do mundo, em que eu era capaz de ficar para sempre, e diz decidido, a pedir colo: "Qué!" :)

14 de outubro de 2010

Coisas que eu podia ter escrito...

Perder amigos

Há pessoas que se perdem, umas das outras, com uma facilidade que faz pensar se seriam mesmo amigas. Se alguma vez foram, realmente, amigas. Todos nós já passámos por isso.

Algumas vezes, as pessoas perdem-se mutuamente. Afastam-se. Deixam de ter coisas em comum, deixam deliberadamente o tempo passar permitindo, assim, que a amizade morra. Como uma planta que se esquece num canto da casa, sem regar, sem cuidar. Murcha, seca, some-se. Um dia vai parar ao lixo sem sequer deixar mágoa.

Mas depois há as ocasiões em que um dos amigos observa, com tristeza, o outro partir. Percebe que se nada fizer, o outro há-de acabar por sair da sua vida, devagarinho, deixando uma dor, um vazio, uma tristeza. Às vezes, aquele que observa ainda tenta recuperá-lo, dar-lhe a mão. Tenta que não se escape, como areia, por entre os seus dedos. Mas nem sempre as pessoas estão no mesmo comprimento de onda. Nem sempre querem as mesmas coisas. Nem sempre desejam a mesma amizade.

Por vezes, quem se escapa pode estar deslumbrado com outras pessoas, pode sentir que já não fala a mesma língua que o amigo que deixa para trás, pode sentir que alguma coisa se quebrou para sempre. É assim, a vida.

O pior é quando os anos passam e um dos dois continua a pensar naquele amigo que perdeu, e insiste na pergunta: será que aquilo que vivemos juntos foi verdade? Ou será que não passou de uma mentira, de uma falácia, de um encontro circunstancial? O pior é quando quem voltou as costas, displicente, se arrepende, porque percebe que optou por gente que acabou por se revelar pouco amiga, tendo preterido quem realmente gostava de si. O pior é quando este tipo de amarguras ficam pela vida fora.

Porque uma amizade verdadeira é uma coisa tão rara que devia ser mais valorizada. E quantos de nós não deixámos já alguém escapar-se-nos por entre os dedos?

13 de outubro de 2010

Sim... eu mudei isto tudo outra vez

Mas é Outono, é tempo de mudar :)

E de lembrar os poucos dias de férias com o sol a bater no rosto e os pés dentro da água morna e transparente da ria sem pensar em mais nada...

12 de outubro de 2010

Eu estou mesmo mais gorda

O que é bom. E saudável. E faz bem ao ego.
Sinto-me mais bonita, mais sexy, mais feminina.

Há uns 12 anos que não estava assim, mais gorda. E é giro.
Mamãe diz que era o Porto que me fazia emagrecer. Que eram as saudades de casa. Saudades de casa sim. O stress de tanta viagem e ralação, também. O Porto não.

Por estar mais gorda, mesmo quando estou doente (como agora com esta estúpida gripe) fico com “bom aspecto”. E antes, bastava estar cansada que ficava com um ar “abatido”.

E esta nova fase é gira. A roupa fica mais justa (a maior parte fica bastante melhor) mas ainda não está no ponto de não me servir. Nas fotos da praia deste verão estou com um ar mais “composto” digamos assim.

Achei que estes quilinhos a mais iam durar uma ou duas semanas mas não, meses depois ainda por cá andam.

Mas… há o outro lado desta moeda. Estou mais gorda, essencialmente, porque há duas coisas que deixei de fazer desde que voltei para casa:

- quase não ando a pé
- a minha alimentação inclui muito menos legumes e fruta

Almoço sozinha. Qualquer coisa rápida (muitas sandes) porque não gosto de o fazer. Cozinho menos (mamãe e a mana estão sempre a mandar-me comida) e a comida delas é diferente da minha. E a preguiça instala-se: quanto menos cozinho, menos me apetece cozinhar. Mais sandes, mais massas, menos vegetais.

E coca-cola! Andava a portar-me tão bem, raramente a bebia. Não comprava para não “cair em tentação”, que aquilo vicia, já se sabe. Mas é um vicio familiar: quando não há coca-cola toda a gente reclama (até o pequenito) e todos almoçam lá em casa muitas vezes. Ora… sabendo que há, é difícil resistir!

E os bolos, claro. Todas as semanas a mana manda bolos. E eu não sou pessoa de bolos. Raramente os comia. Só quando vinha a casa. Mas não posso recusar sempre e já que estão lá… como. Ao lanche e ao pequeno-almoço. Ah pois, essa é outra: agora lancho. Nesta terra toda a gente tem a mania de lanchar, vá-se lá saber porquê!! Lancha-se… e depois janta-se.

E isso não é bom. Mais gorda, sim (ou menos magra, na verdade) mas da maneira certa. Acho que é tempo de comprar um frigorifico novo (que este é pequenito e com a comida da família não cabe lá muito mais) e recuperar os bons hábitos de alimentação: sopinha e fruta ao jantar. Carnes brancas e muitos, muitos legumes. Muita água. E sumos naturais e chá. Coca-cola não.

Razão tinha o mano que, volta e meia ao saber o que eu ia jantar, sussurrava à cunhada “mas porque é que ela está a fazer dieta?”

8 de outubro de 2010

Menos ais :)

Eu hoje estou feliz. Em “lume brando”, sem grandes manifestações exteriores, mas estou.

A agulha no meu peito, a dor, a angustia da espera afastadas ontem, numa consulta em que eu estava muito nervosa, muito ansiosa mas também muito racional.


Pelo menos para já, neste novo cenário. Há uma possibilidade - não é remota, é real - de não ser preciso nada disso. De haver uma alternativa. Que, nesta fase, passa por um tratamento. Nada de muito complicado, um comprimido por dia durante alguns meses. Sem grandes efeitos secundários.

Depois, daqui a um tempo, reavaliamos. Fazemos novos exames, confirmamos a evolução. E só então, se necessário, picamos.


Vai correr bem, eu sei.

6 de outubro de 2010

Já não fiz 13 anos...

... ontem, era ontem. 13 anos que mudei de cidade.
Que cheguei ao Porto numa noite fria e chuvosa com a cunhada atrasada para me ir buscar à estação de campanhã onde tive de esperar.

Na manhã seguinte, quilómetros a andar a pé carregada porque, numa avenida enorme (a maior do Porto), a indicação que tinha era que "é já ali em baixo". Pois era... se eu já não tivesse andado quase tanto desde o outro lado da rotunda.

Naquela manhã as "boas-vindas" foram a critica velada a quem estava a chegar mais tarde que o previsto. Não fui recebida com sorrisos, não me mostraram "a casa".

Só mais tarde, os "outros", quem chegou depois. Os que viriam a ser, e parte será para sempre, os "meus meninos".

No primeiro dos últimos dias da minha vida. Quase sempre felizes. E com "sol".
Apesar da chuva.

4 de outubro de 2010

***

Foi um reencontro quase acidental. "Tropeçaram" um no outro no meio do nada.Descobriram que trabalham, literalmente, no cimo da rua um do outro.

Não se viam desde miúdos, colegas de liceu. Num tempo em que ela era uma "mana emprestada" muito protectora e presente. A namorada dele detestava-a e demorou muito tempo até aceitar que ele gostava dela por isso a rapariga lá devia ter alguma qualidade...

Nunca foram outra coisa que não "manos", quase inseparáveis. E a memória deles era de risos, sorrisos, confidências e horas de conversa sem o tempo passar. Antes, durante e depois dos namorados (dela), das namoradas (dele).

Por isso, quando se reencontraram foi fantástico! Que saudades! Tão bom!
O primeiro almoço, logo no dia seguinte, voou com tanta coisa para dizer, para contar, para falar. Ambos.

No segundo, poucos dias depois, só ele quase é que falava... e, reparou ela mais tarde, sempre dele, das coisas dele, sem olhar para ela.

No terceiro, as perguntas dela sobre a familia dele ficavam sempre sem resposta... e os silêncios pairavam quando não se falava da vida "pública" dele.

Então ela recuou. Deixou de atender o telefone, não respondeu a convites para almoçar. E ele percebeu, respeitou. Talvez sentisse o mesmo.

Ela estava cansada de equívocos. De situações dúbias. De viver a meias. A ter de acontecer seria com outro, e não ele, essa história.

palavra que eu não sei...

... onde raio foram desencantar esta mania!!! Não é que agora lhes deu a todos para me tratarem por "inha", "ita" e "ota"???? É que quase ninguém escapa!

Até agora era tranquilo... lá havia um ou outro que me tratavam assim. E pronto, seja, tudo bem. Num ou outro caso até gosto e acho piada. Num caso em concreto sinto que me abraça quando me trata assim. E eu gosto muito dos "abraços" dele.

Mas é que é nos mails, é ao telefone, é a falar comigo!! "olá C**lita" ou "C**lota" ou "C**linha" e de repente já são quase todos!!! os de cá e os lá, os de perto e os de longe, os antigos e os recém-chegados!!

Logo eu que gosto tanto do meu nome :( E que não sou inha", "ita" e muito menos "ota"... Já diz o povo "se não os podes vencer, junta-te a eles". E a intenção é boa... e doce, eu sei. Raios!!