7 de julho de 2010

sete do sete

Não te apaixones por mim.
Porque eu vou apaixonar-me pela ideia. Por te saber assim, apaixonado por mim.
E depois, devagarinho, mesmo que não seja verdade e rapidamente o percebas e desistas de mim, é por ti, e já não pela ideia, que me terei apaixonado entretanto.

E não quero e não posso. Não assim.
Estou demasiado frágil, demasiado carente, demasiado vulnerável, demasiado “em perigo” para ser “amada” por tão pouco tempo. O coração ainda está muito “amachucado” por este amor em sentido único. Por este amor não retribuído.

Sou apenas uma rapariga do outro lado da rua. Por quem ainda a atravessas para cumprimentar. A quem ainda sorris quando encontras.


Mas se acontecer, um dia, não muito longe daqui, verás, vou passar a ser alguém que não vês mesmo que passe ao teu lado. Alguém de quem desvias o olhar porque não é suposto sorrir-me.

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