O regresso a casa. Voltar a viver em Lisboa.
A proximidade da família (tão bom, tão quentinho, saber-vos por perto).
Ir jantar a casa da mamã e voltar para dormir em casa.
O mail de despedida para os meus meninos.Embora não seja, realmente, uma despedida.
As lágrimas que contive na sexta. Num dia que passou a correr e terminou num jantar feliz onde só estava quem de facto importava e as ausências que surpreenderam outros, infelizmente, já não me surpreenderam a mim. Com excepção de uma, reconheço. Apesar de tudo.
As mesmas lágrimas que correram livres no sábado. Quando fechei a porta de uma casa vazia pela última vez. Onde fui tão feliz e tão triste. Onde vivi tantas alegrias e alguns pequenos/ grandes dramas.
A ultima viagem de regresso (as que se seguirem serão sempre no sentido inverso). Mais tarde e mais carregada que o esperado.
M e R sempre presentes mesmo quando digo que não é preciso. Sem me darem espaço para recusar (não é por mal, eu juro. Só não tinha mesmo percebido que precisava e que era tão bom). Foi o argumento “se fosse ao contrário, tu também estavas aqui” que me convenceu e desarmou. Pois estava. Que bom que o saibam. Tão bom que o tenham feito.
A queda na saída do comboio. Tantos anos, tantas viagens e nunca nada assim se tinha passado. As nódoas negras nos joelhos.
A sensação “eu não posso mais” num dia esgotante no físico e nas emoções. A constipação e a febre que também não ajudaram.
O novo edifício. A nova realidade da empresa. Os novos/ velhos colegas (a sério mesmo é só para a semana).
O café ao fim da tarde com um amigo que não via há anos. Saber que outros amigos, outros cafés, e outros jantares, se seguirão.
Ir de metro para o emprego. Decidir como vai ficar a casa. Arrumar/ desarrumar as muitas caixas e caixinhas.
E acordar feliz em cada manhã.
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