27 de outubro de 2011

Reencontros

(Post escrito a 06 de Outubro, no comboio e depois do regresso a casa)

Um dos momentos felizes da festa de ontem foram os reencontros.


B é B e pronto… vou gostar sempre dele, o que é que eu lhe hei-de fazer? Não o via há quase dois anos e só percebi as saudades que tinha dele quando o vi no meio de todos os outros. A malta de há uns tempos para cá é um bocadinho desnaturada um com o outro (tens razão, temos mesmo de falar mais vezes), mas fico sempre feliz quando o vejo.

Grande, lindo e no meio da criançada (não foi “tio” ;) ) era impossível não sorrir perante aquela imagem de “menino grande” :)

E a família de A, quem diria??? A ultima vez que estivemos juntas, o jr era um bebé de colo e de repente tem 3 anos, é um menino lindo e doce que dança as músicas mais mexidas, pede caipirinhas sem álcool ao “tio B” e sorri envergonhado e embevecido com a noiva que “está linda”. Vencida a timidez, fala que se desunha e arrasta a asa para uma menina linda de cabelo em cachinhos morenos e há quase um beijo pelo qual estamos todos a torcer . E há um mano loiro de olhos azuis com 10 meses e um sorriso lindo!! Brinca com o meu cabelo que o faz dar gargalhadas lindas, de bebé, dá beijinhos no meu nariz e “palmadinhas” que arranham mas pretendem ser “miminhos”. Que família linda num casal de que sempre gostei!

Hoje, antes de regressar a casa, fomos as duas a Sto. Tirso. Comentei ontem que passava por lá esta manhã e A não os via há tanto tempo! Por isso fomos juntas. Eu pude entrar e visitar “os meus meninos”. Ou alguns deles, pelos menos. Quase todos os mais importantes nos meus afectos. E foi tão bom! Senti-me tão acarinhada, tão bem vinda!!! Tão querida. Foi engraçado porque não sabiam que eu ia (só S me esperava) e estavam, naturalmente, a trabalhar. Parte deles só deu por mim pela voz “essa voz é inconfundível” – e isso é bom ou mau??? – é bom, claro!! :)

Enquanto isso, na receção, A ia falando com S e M e quem ainda se lembrava dela ia passando por ali para lhe dar um beijo e conhecer o pequenino que foi connosco. Acabámos por almoçar por lá, com S e M. A B ainda apareceu e estivemos um bocado na conversa. Falei com S e B e A e M e R sobre a minha decisão… todos sossegaram o meu coração e reforçaram a minha certeza. Obrigada.

Saí mais tarde do Porto do que esperava e por isso já estive tão pouco, tão de fugida, com quem me esperava (e que esforço tão grande fez para me ir buscar!) mas parte da tarde foi passada na nova loja de A com o marido e o filhote a conversar de tudo um pouco. O tempo passou tão rápido (não passa sempre quando estamos felizes?) e de repente eram quatro da tarde e eu ainda estava no Porto em vez de estar a chegar a Lisboa como previsto.

Depois de tudo o que este ano tem sido, depois das últimas semanas tão difíceis a tantos níveis, com tão poucas coisas boas, este recarregar de baterias de afeto, de ternura, de bem-querer foi o melhor que me podia ter acontecido :)

Começou ainda em Lisboa. Prometes que voltas depressa? Que não ficas lá? Não podes mesmo vir na quinta? Posso. Não, não fico lá. Não volto para lá. Prolongou-se por essa mesma noite com M e R e a família de M, principalmente a mãe e o pai que não me conheciam e me receberam como se fosse da família.

Do dia do casamento… que mais poderei dizer que já não vos tenha dito? Que me sentia linda… estivesse ou não. E esta manhã e esta tarde… e esta noite, ao chegar.

Há dias em que estou mais triste, mais cansada, mais desanimada… nesses dias, espero lembrar-me de vir aqui. Para sentir o sol no meu rosto. Para ouvir as gargalhadas do pequenino. A música que me faz dançar com o pé magoado. A surpresa feliz dos que não me esperavam ali.

O abraço apertado dos meus amigos. Para vos abraçar.
Para me sentir acarinhada outra vez. Porque às vezes, por um momento, me esqueço que é mútuo.

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