6 de outubro de 2011

Com um brilhosinho nos olhos...

a M e o R casaram.
Conheço-os há tanto tempo que já nem sei quando foi que começou esta amizade que nos foi tornando cada vez mais cúmplices e mais próximos ao longo da vida.

Tenho a felicidade de ser amiga de ambos. Uma amizade "independente". E "conjunta".
O que torna, portanto, duplamente feliz este momento para mim.

Conheci-os em momentos diferentes, em funções diferentes, sem sonhar que, um dia, tinham sido namorados. A R muito antes, como operador. Uma daquelas pessoas com quem se simpatiza, de quem se gosta à primeira vista, depois como colaborador da minha empresa noutro departamento, passámos a colegas e amigos.

A M conheci mais tarde, como colega que as (muitas) afinidades foram transformando em amizade tranquila. Não foi uma surpresa "descobrir" este amor. Foi um daqueles casos óbvios. Que faziam todo o sentido juntos. Faziam e fazem. Como sempre fizeram. Com nuvens e sol.

Na altura ele já era o meu "íssimo" que eu amava (e amo) "de paixão. E ela já era a minha "inha", sempre no mundo dela. Esta proximidade, sem nunca ter sido, distância, reforçou-se numa descoberta quando comecei a dizer mais vezes "não" a quem achava, por alguma razão, ter tempos de amizade "exclusiva.

Há pessoas, longe dos holofotes, que estão sempre lá.
Há pessoas para quem, longe da boca de cena, estaremos sempre lá. M e R são assim. Mesmo que os dias se transformem em semanas e meses de aparentes "silêncios". Estou sempre lá para eles. Estão sempre cá para mim.

No meu último dia de Porto, no fechar de porta de uma casa vazia, foram os únicos a quem ocorreu espontânea e generosamente não me deixar só. E prestar uma ajuda fisica, um colo e um carinho de que eu própria não sabia precisar. "Não sabias dizer?" - "Não sabia que precisava". Obrigada por estarem aqui. Se fosse ao contrário não farias o mesmo? Sim. - Sem eles, o meu dia teria sido infinitamente mais longo, dificil e doloroso.

Foram também eles, antes de quase todos - na véspera da própria familia - a saber que estava de regresso a Lisboa, num café de fim de tarde com M que se prolongou - mas é claro que temos de ir jantar hoje!! Isso merece celebração! - por um jantar com ambos onde foram feitos tantos e tantos planos. Parti sabendo que não seriam os 300 kms, a falta dos pontuais jantares e cafés semanais que nos tornariam mais distantes uns dos outros. Porque se eles são "issimos" e "inhos" nos meus afectos, também eu sou "inha" nos afectos deles.

Ontem, M e R casaram. Sabíamos, eu como eles, que não poderia faltar. Por muitas voltas, por muitas nuvens, por muitos pés torcidos que a vida tenha por estes dias.

Porque não foi um casamento. Foi uma festa. E que bonita festa foi! A mais bonita em que me lembro de ter estado. Pela simplicidade e beleza, pela leveza, pela suavidade com que as horas passaram rápido, sem darmos por elas. Os noivos lindos, "ambos os dois", felizes, cúmplices. Sempre a sorrir e a brincar e a dançar com toda a gente. Porque são assim.

Eu que adoro dançar, quase sempre entre quatro paredes, e raramente em público, dancei toda a tarde, com poucas ou raras pausas, e só parei na ultima música. Quando nos sentimos felizes, ficamos mais bonitos e sentimo-nos bem. Sentimo-nos em casa.

M e R estão juntos há muito tempo. O namoro está há muito consolidado e a vida em conjunto também. Por isso vos digo que ontêm M e R - de espontânea vontade e na posse das plenas faculdades mentais :) - casaram numa festa linda e eu, que os amo, fiquei feliz por estar lá.


P.S: não preciso de lhes desejar que sejam felizes porque já são. Continuarão a sê-lo, eu sei. 

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