… dia sim, dia sim, alguém me pergunta “então, que tal é a adaptação a viver em Lisboa”? E eu respondo, invariavelmente, que é muito bom estar de volta a casa, que é como se nunca tivesse saído daqui.
No que diz respeito a Lisboa, não precisei de adaptação nenhuma (tudo bem que foram 12 anos e meio fora, mas com vindas a Lisboa, pelo menos, uma vez por mês. Já para não falar das ferias e meses atípicos. Não foram propriamente semanas, meses, anos sem cá vir…).
E nem percebo lá muito bem a parte de me “adaptar a Lisboa”. Mas era suposto precisar de me “adaptar”??? Difícil foi “adaptar-me" a viver longe daqui.
Já a adaptação ao resto (empresa, colegas) é bem mais complicada. Bem pior… aí sim, foi muito tempo fora.
Já a adaptação ao resto (empresa, colegas) é bem mais complicada. Bem pior… aí sim, foi muito tempo fora.
Estou há mais de 16 anos no grupo (no Grupo, não “nesta” empresa) mas estive a maior parte do tempo longe daqui.
Conheço muito pouca gente (e a maior parte, de vista) e quase ninguém me conhece. Por isso o argumento “agora que estás em Lisboa é mais fácil mudar” não sei se será assim tão válido. Até agora, não dei por nada.
Mas vai melhorando, devagarinho, todos os dias… apesar da imensa desilusão com o chefe e a função que não são nada do que me tinha sido “acenado” aquando da mudança. Melhores dias virão.
E não, não tenho saudades do Porto. Nem da cidade nem de quase ninguém. Das viagens então… ufaaaaa!!! Acabaram finalmente!!! As “honrosas excepções” são exactamente isso. “Honrosas excepções”.
Mas vai melhorando, devagarinho, todos os dias… apesar da imensa desilusão com o chefe e a função que não são nada do que me tinha sido “acenado” aquando da mudança. Melhores dias virão.
E não, não tenho saudades do Porto. Nem da cidade nem de quase ninguém. Das viagens então… ufaaaaa!!! Acabaram finalmente!!! As “honrosas excepções” são exactamente isso. “Honrosas excepções”.
Ou talvez seja a forma como o meu “coraçãozito trengo” se defende para não sentir a falta de quem não sente a minha. Dos mails, mensagens e telefonemas que não chegam. Deste afecto em “sentido único”. Porque depois sonho com vocês e acordo com a sensação de perda, não é?
Quem realmente importa, fica para sempre. E, na verdade, eu já sabia que era assim. Mesmo com, apesar de tudo, algumas “surpresas”.
Mas tenho saudades da minha casa. E da minha rua. Mesmo sendo a actual, muito “querida”. Ainda mais pequenina. Como uma casinha de brincar. Amo viver ali! Tão perto de tudo e com os meus afectos ali ao lado.
Eu sempre disse que se pudesse trazer o meu “cantinho de Porto” para Lisboa já tinha voltado para casa há mais tempo… é do meu “cantinho” que ainda sinto a falta. Que saudades da minha varanda!! E do meu “pequeno jardim”!!! Das manhãs a ler na varanda ao sol enquanto tomava a o pequeno-almoço…
E sim, no regresso a Lisboa também não foi tudo exactamente como esperado. Nunca é, pois não?
O fim anunciado de algo que não devia ter acontecido (mas que eu não lamentarei nunca): “tu dizias que deixávamos de falar quando voltasses para Lisboa e estavas enganada”. Mas não estava. Deixámos. Não foi logo, como eu esperava. Mas deixámos. 3, 4 meses depois? Há alturas em que detesto ter razão…
Os “amigos” que “ao longe” pareciam mais próximos, mais presentes, mais saudosos, E que continuam tão distantes como antes ou até mais.
Os “amigos” que “ao longe” pareciam mais próximos, mais presentes, mais saudosos, E que continuam tão distantes como antes ou até mais.
Deixei de ser a “visita” a quem se prestava toda a atenção por um breve período de tempo. Agora estou cá sempre por isso… perdeu a piada. E é a constatação de que já nada temos que nos una. Não trabalhamos juntos, como antes. Na maior parte dos casos, nem sequer trabalhamos próximos uns dos outros. Por isso passaram-se 5 meses e ainda não tivemos tempo nem vontade para o “tal” café ou almoço ou jantar que andávamos todos a “morrer de vontade” que acontecesse!!
Mas também já aconteceu o contrário. Almoços adiados durante 3 anos, por exemplo, e que finalmente pudemos combinar :)
Em jeito de balanço, quase 6 meses depois, sim.
Mas também já aconteceu o contrário. Almoços adiados durante 3 anos, por exemplo, e que finalmente pudemos combinar :)
Em jeito de balanço, quase 6 meses depois, sim.
Sim. É bom regressar a casa. Fazia tudo outra vez. Mas mais cedo ;)
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