30 de junho de 2010

Ah grande FIGO!!!


Eu sabia que havia um milhão e mais uma razões para gostar dele!!!
É que, assim de repente, e mesmo sem ter inda ouvido as declarações quando escrevi o post anterior, é mesmo isto:

"“Para mim, um capitão, independentemente do insucesso ou sucesso, deve sempre defender o grupo, independentemente de sair prejudicado em termos de imagem, e, acima de tudo, deve nos momentos difíceis dar a cara pelo grupo”, afirmou o antigo “capitão” da Selecção das “quinas”.

Pensamos exactamente da mesma maneira!! Sobre a estrelinha e sobre o que é um capitão!!

Que saudades dele, senhores!! E mai nada!!

Não vale a pena...

... não insistam.

É que eu não vou MESMO falar "dele"!!! "Estrelinhas" que chegam de helicóptero a estágios? "Homens do jogo" sem mérito? "Capitães" que fogem na hora de dar a cara pela equipa e depois tentam remendar os "desabafos"???

Na, não vale a pena. não insistam. É que eu não vou MESMO falar "dele"!!! Humpffffff!!!

Eu nunca o tinha visto mais gordo…

… e é uma tremenda injustiça, não é verdade?? É que ele foi mesmo o melhor de todos. Se não fosse ele não sei se tínhamos empatado com o Brasil. Já para nem falar no resto.

E o melhor de tudo é que continuou simpático, humilde e disponível. Mesmo sem ser o “homem do jogo” de todas as vezes que o mereceu em vez de ser “só porque sim”.

Não “explode” quem quer. Só quem pode. E sabe.
E quer-me cá parecer que eu não fui a única a “descobrir” o Eduardo neste mundial… fui?

Ainda a propósito do autocarro...

A “minha paragem” estava linda como podem ver:

Eu que até participei na iniciativa , gostei tanto que a fotografei. Não é todos os dias que apanhamos o autocarro numa paragem assim ;)

Andar de autocarro...

Agora que resolvi aproveitar o sol da tarde e acrescentar ao andar ainda mais a pé o passear de autocarro de vez em quando (tipo quando vou para casa da mamã) em vez de ir de metro para tudo quanto é lugar, assisto a algumas cenas “caricatas” como o daquela senhora Afro-lusa que resolveu insultar com “filha-da-outra-senhora- trabalhadora” outra senhora mais velha e com um ar perfeitamente respeitável só porque a outra a tinha mandado para “a outra banda” ao mesmo tempo que saía do autocarro depois de ter ficado indignada com a dita senhora Afro-lusa que tinha entrado pela porta de trás num autocarro apinhado de gente… confusos??? Pois… imagino que sim!

Mas não fica por aqui…

Como se não fosse, enfim, diferente qb, um distinto cavalheiro tomou as dores da senhora mais velha e com um ar perfeitamente respeitável e achou que “filha-da-outra-senhora- trabalhadora” não era coisa que se chamasse a alguém e “quem perde a educação, perde a razão”. A senhora Afro-lusa (enorme e bastante aborrecida) toca de o mandar calar e ele “a senhora a mim não me cala” e uma coisa leva a outra ás tantas o cavalheiro é convidado a ir “lá para fora continuar a conversa”…

Não sei se chegou a aceitar tão amável convite (feliz ou (in)felizmente), saí na paragem seguinte mas têm de convir que monótono não foi!

Já viram o que eu tinha perdido se fosse de metro?? A ter de mudar de linha e andar a pé até chegar a casa de mamãe? Em menos 20 minutos do que o tempo que o autocarro levou? Sem este momento tão… peculiar? Seria uma pena, não é verdade?

Pelo sim pelo não, vou tentar lembrar-me disso mais vezes…

29 de junho de 2010

O Principezinho

Se fosse vivo, Saint-Exupéry faria 110 anos. E eu não sabia claro (já lá vai o tempo em que eu era um "manancial de informações inúteis") mas hoje o Google é assim:







Dele li o "Vôo nocturno" e o inevitável "Principezinho", que me foi oferecido por alguém de quem eu não gostava lá muito e que me achava um bocadinho "ouriço" com tantos "picos". Eu devia ter uns 14 ou 15 anos e não eram dias fáceis aqueles.


Tinha visto o filme em miúda, a um domingo de manhã enquanto os papás iam ás compras e as crianças podiam ficar sozinhas no cinema (nos tempos de que quase nenhum de vocês se lembra e o Caleidoscópio era um cinema no jardim do Campo Grande).


Não me lembro se gostei ou não do livro na época, mas foi, durante anos a fio, um livro a que regressei exaustivamente para pontuar um ou outro momento, uma ou outra dedicatória e (meus pobres seniores!!) muitas das cerimónias escotistas nos tempos do 146.


Do livro, mais que do filme que mal recordo, ficou-me para sempre o "Cativar"... somos responsáveis por aqueles que cativamos.


Nunca gostei da rosa (que achava mimada, estúpida e arrogante) mas a raposa seduziu-me desde o primeiro dia. (Curiosamente fui da patrulha Raposa quando aderi aos escoteiros. Devo ter achado piada a essa coincidência mas esses são tempos de má memória que prefiro manter no fundo do baú).


"Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo... Tenho uma vida terrivelmente monótona... Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol. Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti... - Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa.
(...)


E o que é preciso fazer? - Perguntou o principezinho.


- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto... Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...


Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida: - Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar... ... Então não ganhaste nada com isso! - Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...


Depois acrescentou: - Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. "

27 de junho de 2010

*****

Hoje sonhei contigo. Não foi como da outra vez, a semana passada, em que acordei a chorar, mas sonhar contigo deixa-me sempre triste e a pensar em ti com um aperto no peito. Não me lembro do sonho. Sei que a Sandra estava contigo e que havia comboios e malas e viagens mas não me lembro do sonho.

Sei o que o motiva. Sei porque razão sonho contigo.
Desde Março que não tenho noticias tuas. Chegaste e partiste sem me dirigir uma palavra que fosse. Nem a mim nem a ninguém, na verdade. Com excepção de mamãe que foi tão insistente antes e teve “direito”a um telefonema (seco e breve) quando chegaste. Embora não tenha tido o mesmo “direito” na tua partida.

Soube por vovó que foste 2 dias depois do previsto e que irias sem uma palavra porque estavas “alegadamente” muito magoado com a nossa ausência. O que não deixa de ser engraçado. Não que tenhas falado com vovó, claro. Devias estar demasiado… “ocupado” e foi a Sandra quem falou com ela. O que terá sido que vovó te fez…??? Ausente não esteve porque nem sequer tinha sido convidada, não é? Ou será que foi e não percebeu?

Não te reconheço direito e razão e sei que se as circunstancias fossem outras, se ainda precisasses de alguma de nós, estarias aqui.

Porque em Setembro não houve ausências de ninguém e tu partiste sem uma palavra, sem dizer adeus. Não de mim, que te impus estupidamente a presença naquele fim de tarde no aeroporto, mas de mamãe e da mana. Não regressaste a Lisboa como prometido e partiste sem dizer adeus. Não ligaste ou mandaste mensagem nos aniversários de nenhum dos sobrinhos. Não dás noticias se ninguém o fizer primeiro e várias vezes (mamãe quase teve de te “ameaçar” para ter uma resposta depois de ter vários mails ignorados. Pergunto-me se o farás em breve, se te lembrarás de uma data e darás noticias.

O amor, por ilimitado que seja tem, ainda assim, um limite. Quando magoas assim os que amo tanto e que te amam de igual modo, ficas mais feio, mais pequenino…

Tenho saudades tuas. Vou ter sempre. Mas paciência.
Nada do que eu disser ou fizer pode mudar o que já aconteceu.. Nem te interessa o que penso ou deixo de pensar a esse respeito. E tu não me lês aqui, este é só um desabafo. Quando abrimos o armário e deixamos os “esqueletos” sair, tudo dói menos, tudo é menos assustador. Empurrá-los bem fundo lá para dentro e fechar a porta só aumenta a dor que tentamos ignorar.

Disse-to já (mas tu não sabes) “desistir, desistir mesmo, é coisa que custa (…) quando se gosta respira-se fundo. Conta-se até 320. Faz-se um esforço de memória para relembrar só que é bom. E, sobretudo, sabe-se que o dia seguinte será sempre melhor, mesmo que à noite haja palavras tortas e costas voltada (…) já me fartei algumas vezes. Mas nunca as suficientes para bater com a porta de vez. Fica só ali ligeiramente encostada até que um tenha a presença de espírito suficiente para a abrir outra vez...".

É esse o estado do meu coração. Cansei-me de tentar manter a porta aberta. Não a fechei, não a fecharei nunca, não seria capaz. Mas não quero mais só para mim o esforço de a manter aberta. Por isso fica ali, “ligeiramente encostada” até que um de nós volte a abri-la.

Acordada, sou a menina forte e “dura” que sempre fui perante o resto mundo (com a excepção que só eu e mais alguém conhecemos e que não é brilhante). E por isso pareço imperturbável, sem dor e sem culpa, assumindo cada uma das minhas escolhas e decisões. Mas quando a noite e o sono chegam… a ternura e a dor da tua ausência falam mais alto que a razão. E por isso sonho contigo e acordo triste.



Post Scriptum…

… e por falar em “mais alguém”, quer-me cá parecer que há quem tenha lido "a porta encostada" e pensado que era para si :\ que era uma espécie de “recado”. E foi-se embora sem dizer uma palavra.


Mas não faz mal. Resolvi há muito não quebrar o silêncio dele no dia em que voltasse (suponho que o esperei estes seis meses… a cada novo acontecimento dava por mim a pensar “é agora que ele vai embora outra vez”).
Suponho que foi. Juntou tudo o que se tinha passado na vida dele, na minha e a nós a isto e foi. E eu não disse nada. Vi que estava a acontecer e, surpreendentemente, não disse nada. Não perguntei, não reclamei, não fiz uma cena.

Já o sabia há muito tempo, acho. Não voltaria depois de Barcelona. Sem saber que o sabia. Foi surpreendente a tranquilidade da descoberta. Acredita, estou melhor assim.

Não era para ele o post. O “recado”. Nem de longe nem de perto. Não tinha nada a ver. Era para ti mesmo. Ou para mim, a teu respeito, já que não me lês realmente aqui e é sempre, afinal de contas, para mim que escrevo.
(E vai na volta nem foi nada disso e nem teve nada a ver com o meu post :) )

25 de junho de 2010

Em pleno Portugal - Brasil...

... as saudades que eu tenho destes três na selecção :)

e o sorriso que ele me provoca no final de cada anúncio




"e tu, o que farias pela selecção?" ;)

E de repente ele diz...

... tu é que eras boa para andar lá aos tirinhos!!!

Euuuuuuuuuuuuu???? Euuuuuuuuuuuuuuuu era boa para andar aos tiros???? Comoooooooo???
Euzinha???? Mas que raio!!! O que é o faz pensar, ao olhar para mim, que eu era capaz de fazer tal coisa???

Estou triste, pronto!! Vou amuar e fazer beicinho :(
Eu que sou um doce, frágil como um vidrinho de cristal, passo uma imagem assim tão... dura???

Não gosto mais de ti, pronto!! Amuei :(

15 de junho de 2010

Eu posso até ter mau feitio...

... mas comigo ele não jogava mais. Ah não jogava não!!

Um jogador da selecção a pôr assim em causa o seleccionador em pleno mundial??
E ficar no banco, não? Ou, melhor ainda, na bancada??

Ai Figo, Figo... que saudades que eu tenho de te ter como capitão!!

Barcelona

Dizem que as "recaídas", são sempre "piores". Nas doenças, nos amores.Sendo que por "piores" se quer dizer mais intensas, mais duradouras, mais marcantes. Numa gripe, a recaída pode dar pneumonia. Nos amores, uma paixoneta pode dar... paixonite aguda :D

Ok, eu sei que este preâmbulo é muito estúpido. Mas vem a propósito, acreditem ou não, de Barcelona. Do regresso a Barcelona.

Já vos tinha dito antes: gosto desta cidade. Mas desta vez gostei ainda mais. Apesar de ter chovido na recta final.

Vi coisas que não tinha visto antes. Demorei o olhar mais tempo em lugares que tinha gostado. Não revi todos os lugares. Mas descobri novos. Tive mais tempo. Usufrui das milhentas esplanadas.

E respirei fundo quando mamãe barafustava como uma criança amuada por andar a pé. E surpreendi-me com os lugares de que não gostou e que eu tinha a certeza que ia gostar... como as Ramblas (cheias de gente e confusão) ou o mercat de la Boqueria.

E insultei entredentes os espanhois que me levaram 40 euros por duas entradas e uma sangria numa esplanada á beira-mar. Ou 10 euros por um bife de atum sem qualquer... acompanhamento. Come-se mal em Espanha. Ou paga-se uma pequena fortuna para comer "menos mal".

Mas o ultimo almoço (fantástico!!) num restaurante Mexicano com um espanhol (ou será que ele era mexicano??) muito, muito, muito querido que me fez rir a cada minuto e mesmo muito depois de já ter saído a porta, quase me reconciliou com isso (e continuo a achar que os Barcelonenses não são nada simpáticos de uma forma geral. Em compensação, há homens lindos por todo o lado!!) .

Talvez porque estava outra vez sol, porque tinha acabado de sair do Palau e ainda estava em "estado de graça".

Ou pelo fado ouvido, inesperadamente, no minúsculo alfarrabista à porta do palau em que comprei os postais já que não são permitidas fotos.

O Palau, e o almoço Mexicano no "Rosa Negra", foram a despedida de Barcelona numa tarde cheia de sol.

Foi bom, voltar aqui.

10 de junho de 2010

Palau

20 anos eu viesse aqui, 20 vezes eu voltasse a Barcelona e o Palau ficaria sempre no meu coração.

É a segunda vez que aqui estou. A segunda vez que faço esta visita, passeio por estes corredores, ouço este orgão. É a segunda vez que me contam esta história. Quase igual. Com mais um ou outro detalhe, com menos um ou outro pormenor.

E é como se fosse a primeira.
"Pode um edificio transmitir emoções?", perguntam-nos logo no inicio. Pode. Basta estar aqui.

7 de junho de 2010

De volta ao lugar onde nunca estive…

Regressar a lugares que me fizeram feliz, com a tranquilidade de quem os revê, embora em segredo.
Saber exactamente onde está o quê. Como ir para onde.

Mas permitir-me vaguear pelas calles e ver com um novo olhar.

Com mais tempo, desta vez. Menos independente, talvez.

O que me vai obrigar a respirar fundo e “desacelerar”.

Estar mais tempo em cada lugar e descobrir o que já lá estava e eu não vi.
Já lá estou, antes de chegar...

2 de junho de 2010

Encostar a porta...

"...Mas desistir, desistir mesmo, é coisa que custa. Porque por mais berros que se dêem, por maior que seja a vontade de voltar costas e deixar o outro a papaguear sozinho, quando se gosta respira-se fundo. Conta-se até 320. Faz-se um esforço de memória para relembrar só que é bom. E, sobretudo, sabe-se que o dia seguinte será sempre melhor, mesmo que à noite haja palavras tortas e costas voltadas. Sou feliz muitas vezes, quase sempre, mas não sou feliz todos os dias. E sim, às vezes é tamanha a embirração, tamanha a ira, tamanha a falta de paciência para o que não é bom, que dá mesmo vontade de atirar pratos ao chão e gritar "FARTEI-ME!". Nunca parti pratos, já me fartei algumas vezes. Mas nunca as suficientes para bater com a porta de vez. Fica só ali ligeiramente encostada até que um tenha a presença de espírito suficiente para a abrir outra vez..."

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