Que saudades dele, senhores!! E mai nada!!
30 de junho de 2010
Ah grande FIGO!!!
Que saudades dele, senhores!! E mai nada!!
Não vale a pena...
É que eu não vou MESMO falar "dele"!!! "Estrelinhas" que chegam de helicóptero a estágios? "Homens do jogo" sem mérito? "Capitães" que fogem na hora de dar a cara pela equipa e depois tentam remendar os "desabafos"???
Na, não vale a pena. não insistam. É que eu não vou MESMO falar "dele"!!! Humpffffff!!!
Eu nunca o tinha visto mais gordo…
E o melhor de tudo é que continuou simpático, humilde e disponível. Mesmo sem ser o “homem do jogo” de todas as vezes que o mereceu em vez de ser “só porque sim”.
Não “explode” quem quer. Só quem pode. E sabe.
Ainda a propósito do autocarro...
Eu que até participei na iniciativa , gostei tanto que a fotografei. Não é todos os dias que apanhamos o autocarro numa paragem assim ;)
Andar de autocarro...
Mas não fica por aqui…
Como se não fosse, enfim, diferente qb, um distinto cavalheiro tomou as dores da senhora mais velha e com um ar perfeitamente respeitável e achou que “filha-da-outra-senhora- trabalhadora” não era coisa que se chamasse a alguém e “quem perde a educação, perde a razão”. A senhora Afro-lusa (enorme e bastante aborrecida) toca de o mandar calar e ele “a senhora a mim não me cala” e uma coisa leva a outra ás tantas o cavalheiro é convidado a ir “lá para fora continuar a conversa”…
Não sei se chegou a aceitar tão amável convite (feliz ou (in)felizmente), saí na paragem seguinte mas têm de convir que monótono não foi!
Já viram o que eu tinha perdido se fosse de metro?? A ter de mudar de linha e andar a pé até chegar a casa de mamãe? Em menos 20 minutos do que o tempo que o autocarro levou? Sem este momento tão… peculiar? Seria uma pena, não é verdade?
Pelo sim pelo não, vou tentar lembrar-me disso mais vezes…
29 de junho de 2010
O Principezinho
Dele li o "Vôo nocturno" e o inevitável "Principezinho", que me foi oferecido por alguém de quem eu não gostava lá muito e que me achava um bocadinho "ouriço" com tantos "picos". Eu devia ter uns 14 ou 15 anos e não eram dias fáceis aqueles.
Tinha visto o filme em miúda, a um domingo de manhã enquanto os papás iam ás compras e as crianças podiam ficar sozinhas no cinema (nos tempos de que quase nenhum de vocês se lembra e o Caleidoscópio era um cinema no jardim do Campo Grande).
Não me lembro se gostei ou não do livro na época, mas foi, durante anos a fio, um livro a que regressei exaustivamente para pontuar um ou outro momento, uma ou outra dedicatória e (meus pobres seniores!!) muitas das cerimónias escotistas nos tempos do 146.
Do livro, mais que do filme que mal recordo, ficou-me para sempre o "Cativar"... somos responsáveis por aqueles que cativamos.
Nunca gostei da rosa (que achava mimada, estúpida e arrogante) mas a raposa seduziu-me desde o primeiro dia. (Curiosamente fui da patrulha Raposa quando aderi aos escoteiros. Devo ter achado piada a essa coincidência mas esses são tempos de má memória que prefiro manter no fundo do baú).
"Eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo e eu serei para ti, única no mundo... Tenho uma vida terrivelmente monótona... Mas se tu me cativares, a minha vida fica cheia se Sol. Estás a ver, ali adiante, aqueles campos de trigo? ... não me fazem lembrar de nada. É uma triste coisa! Mas os teus cabelos são da cor do ouro. Então quando eu estiver cativada por ti, vai ser maravilhoso! Como o trigo é dourado, há-de fazer-me lembrar de ti... - Só conhecemos as coisas que cativamos - disse a raposa.
(...)
E o que é preciso fazer? - Perguntou o principezinho.
- É preciso ter muita paciência. Primeiro, sentas-te um bocadinho afastado de mim, assim em cima da relva. Eu olho para ti pelo canto do olho e tu não dizes nada . A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas todos os dias te podes sentar mais perto... Se vieres sempre ás quatro horas, ás três já eu começo a ser feliz...
Foi assim que o principezinho cativou a raposa. E quando chegou a hora da despedida: - Ai! - exclamou a raposa - Ai que me vou pôr a chorar... ... Então não ganhaste nada com isso! - Ai isso é que ganhei! - disse a raposa. - Por causa da cor do trigo...
Depois acrescentou: - Anda vai ver outra vez as rosas. Vais perceber que a tua é única no mundo. "
27 de junho de 2010
*****
Sei o que o motiva. Sei porque razão sonho contigo.
Desde Março que não tenho noticias tuas. Chegaste e partiste sem me dirigir uma palavra que fosse. Nem a mim nem a ninguém, na verdade. Com excepção de mamãe que foi tão insistente antes e teve “direito”a um telefonema (seco e breve) quando chegaste. Embora não tenha tido o mesmo “direito” na tua partida.
Soube por vovó que foste 2 dias depois do previsto e que irias sem uma palavra porque estavas “alegadamente” muito magoado com a nossa ausência. O que não deixa de ser engraçado. Não que tenhas falado com vovó, claro. Devias estar demasiado… “ocupado” e foi a Sandra quem falou com ela. O que terá sido que vovó te fez…??? Ausente não esteve porque nem sequer tinha sido convidada, não é? Ou será que foi e não percebeu?
Não te reconheço direito e razão e sei que se as circunstancias fossem outras, se ainda precisasses de alguma de nós, estarias aqui.
Porque em Setembro não houve ausências de ninguém e tu partiste sem uma palavra, sem dizer adeus. Não de mim, que te impus estupidamente a presença naquele fim de tarde no aeroporto, mas de mamãe e da mana. Não regressaste a Lisboa como prometido e partiste sem dizer adeus. Não ligaste ou mandaste mensagem nos aniversários de nenhum dos sobrinhos. Não dás noticias se ninguém o fizer primeiro e várias vezes (mamãe quase teve de te “ameaçar” para ter uma resposta depois de ter vários mails ignorados. Pergunto-me se o farás em breve, se te lembrarás de uma data e darás noticias.
O amor, por ilimitado que seja tem, ainda assim, um limite. Quando magoas assim os que amo tanto e que te amam de igual modo, ficas mais feio, mais pequenino…
Tenho saudades tuas. Vou ter sempre. Mas paciência.
Nada do que eu disser ou fizer pode mudar o que já aconteceu.. Nem te interessa o que penso ou deixo de pensar a esse respeito. E tu não me lês aqui, este é só um desabafo. Quando abrimos o armário e deixamos os “esqueletos” sair, tudo dói menos, tudo é menos assustador. Empurrá-los bem fundo lá para dentro e fechar a porta só aumenta a dor que tentamos ignorar.
Disse-to já (mas tu não sabes) “desistir, desistir mesmo, é coisa que custa (…) quando se gosta respira-se fundo. Conta-se até 320. Faz-se um esforço de memória para relembrar só que é bom. E, sobretudo, sabe-se que o dia seguinte será sempre melhor, mesmo que à noite haja palavras tortas e costas voltada (…) já me fartei algumas vezes. Mas nunca as suficientes para bater com a porta de vez. Fica só ali ligeiramente encostada até que um tenha a presença de espírito suficiente para a abrir outra vez...".
É esse o estado do meu coração. Cansei-me de tentar manter a porta aberta. Não a fechei, não a fecharei nunca, não seria capaz. Mas não quero mais só para mim o esforço de a manter aberta. Por isso fica ali, “ligeiramente encostada” até que um de nós volte a abri-la.
Acordada, sou a menina forte e “dura” que sempre fui perante o resto mundo (com a excepção que só eu e mais alguém conhecemos e que não é brilhante). E por isso pareço imperturbável, sem dor e sem culpa, assumindo cada uma das minhas escolhas e decisões. Mas quando a noite e o sono chegam… a ternura e a dor da tua ausência falam mais alto que a razão. E por isso sonho contigo e acordo triste.
Post Scriptum…
… e por falar em “mais alguém”, quer-me cá parecer que há quem tenha lido "a porta encostada" e pensado que era para si :\ que era uma espécie de “recado”. E foi-se embora sem dizer uma palavra.
Mas não faz mal. Resolvi há muito não quebrar o silêncio dele no dia em que voltasse (suponho que o esperei estes seis meses… a cada novo acontecimento dava por mim a pensar “é agora que ele vai embora outra vez”).
Suponho que foi. Juntou tudo o que se tinha passado na vida dele, na minha e a nós a isto e foi. E eu não disse nada. Vi que estava a acontecer e, surpreendentemente, não disse nada. Não perguntei, não reclamei, não fiz uma cena.
Já o sabia há muito tempo, acho. Não voltaria depois de Barcelona. Sem saber que o sabia. Foi surpreendente a tranquilidade da descoberta. Acredita, estou melhor assim.
Não era para ele o post. O “recado”. Nem de longe nem de perto. Não tinha nada a ver. Era para ti mesmo. Ou para mim, a teu respeito, já que não me lês realmente aqui e é sempre, afinal de contas, para mim que escrevo.
(E vai na volta nem foi nada disso e nem teve nada a ver com o meu post :) )
25 de junho de 2010
Em pleno Portugal - Brasil...
E de repente ele diz...
Euuuuuuuuuuuuu???? Euuuuuuuuuuuuuuuu era boa para andar aos tiros???? Comoooooooo???
Euzinha???? Mas que raio!!! O que é o faz pensar, ao olhar para mim, que eu era capaz de fazer tal coisa???
Estou triste, pronto!! Vou amuar e fazer beicinho :(
Eu que sou um doce, frágil como um vidrinho de cristal, passo uma imagem assim tão... dura???
Não gosto mais de ti, pronto!! Amuei :(
15 de junho de 2010
Eu posso até ter mau feitio...
Barcelona
Ok, eu sei que este preâmbulo é muito estúpido. Mas vem a propósito, acreditem ou não, de Barcelona. Do regresso a Barcelona.
Já vos tinha dito antes: gosto desta cidade. Mas desta vez gostei ainda mais. Apesar de ter chovido na recta final.
Vi coisas que não tinha visto antes. Demorei o olhar mais tempo em lugares que tinha gostado. Não revi todos os lugares. Mas descobri novos. Tive mais tempo. Usufrui das milhentas esplanadas.
E respirei fundo quando mamãe barafustava como uma criança amuada por andar a pé. E surpreendi-me com os lugares de que não gostou e que eu tinha a certeza que ia gostar... como as Ramblas (cheias de gente e confusão) ou o mercat de la Boqueria.
E insultei entredentes os espanhois que me levaram 40 euros por duas entradas e uma sangria numa esplanada á beira-mar. Ou 10 euros por um bife de atum sem qualquer... acompanhamento. Come-se mal em Espanha. Ou paga-se uma pequena fortuna para comer "menos mal".
Mas o ultimo almoço (fantástico!!) num restaurante Mexicano com um espanhol (ou será que ele era mexicano??) muito, muito, muito querido que me fez rir a cada minuto e mesmo muito depois de já ter saído a porta, quase me reconciliou com isso (e continuo a achar que os Barcelonenses não são nada simpáticos de uma forma geral. Em compensação, há homens lindos por todo o lado!!) .
Talvez porque estava outra vez sol, porque tinha acabado de sair do Palau e ainda estava em "estado de graça".
Ou pelo fado ouvido, inesperadamente, no minúsculo alfarrabista à porta do palau em que comprei os postais já que não são permitidas fotos.
O Palau, e o almoço Mexicano no "Rosa Negra", foram a despedida de Barcelona numa tarde cheia de sol.
Foi bom, voltar aqui.
10 de junho de 2010
Palau
É a segunda vez que aqui estou. A segunda vez que faço esta visita, passeio por estes corredores, ouço este orgão. É a segunda vez que me contam esta história. Quase igual. Com mais um ou outro detalhe, com menos um ou outro pormenor.
E é como se fosse a primeira.
"Pode um edificio transmitir emoções?", perguntam-nos logo no inicio. Pode. Basta estar aqui.
7 de junho de 2010
De volta ao lugar onde nunca estive…
Saber exactamente onde está o quê. Como ir para onde.
Mas permitir-me vaguear pelas calles e ver com um novo olhar.
Com mais tempo, desta vez. Menos independente, talvez.
O que me vai obrigar a respirar fundo e “desacelerar”.
Estar mais tempo em cada lugar e descobrir o que já lá estava e eu não vi.
Já lá estou, antes de chegar...
2 de junho de 2010
Encostar a porta...
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