27 de abril de 2012

As pessoas boas não deviam morrer…

… cedo, pelo menos. E eu acho que ele era uma pessoa boa. Dele só sei o que os discursos e a postura (politica e não só) me foram mostrando pela televisão e pela imprensa. Li algumas das coisas que escreveu. Li e ouvi o que a mãe e o irmão disseram dele ao longo dos anos. E talvez por isso, por ser tão unida aquela família em que todos eram, são, tão diferentes uns dos outros, gosto dele. Porque a coerência não implica guerra ou cisão. Porque podemos ser gentis na diferença. Deve ser por isso que todos falam do homem, mais do que do politico, com respeito. E eu sei que nesta altura se diz sempre bem… mas nestas coisas costuma ser do politico, mais do que do homem. E aqui não é. E depois há a família… aquela mãe de que eu gosto tanto e que deve estar a sofre horrores (não devia ser assim… os filhos não morrem antes dos pais…) e aqueles irmãos… o cancro é tão injusto! E eu admiro sempre a força, a coragem de quem o enfrenta desta forma, até ao fim. Miguel Portas dizia “Ao chegar ao fim da vida, posso partir com tranquilidade”. Estou certa que sim.

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