1 de março de 2013

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Há alturas em que me pergunto se não seria melhor viver na ignorância... "longe da vista, longe do coração..."

Alturas em que, como hoje, abro o mail e há um novo, que não me é dirigido mas me inclui em bcc. Como se soubesses, e sabes, que vai ser preciso atenuar parte deste impacto. Que vai ser preciso ajudar.
Como se soubesses, e sabes, que não me é indiferente o teor.

Mas o meu lado racional, aquele que, no que te diz respeito, infelizmente, fala quase sempre mais alto de há uns anos para cá, pergunta-se se não haverá naquele bcc uma segunda intenção: estarás tu, indiretamente, a pedir-me ajuda? A ajuda que não pareces ser capaz de me pedir cara a cara?

E há parte de mim, essa mais pragmática e racional, que sabe que sim. Que nem sequer duvida. Da mesma forma que tu sabes, que nem sequer duvidas que, de uma forma ou de outra, a ajuda vai chegar.

Meu miúdo tolo... não sabes ainda que somos responsáveis pelas nossas escolhas? Que temos de viver com elas, de as enfrentar? Não sabes ainda que não é fácil para ninguém? E que o melodrama, dispensável digo-te já!!, não serve para nada? A não ser para angustiar a destinatária do teu mail, que anda há dias a imaginar dezenas de coisas que lhe tiram o sono...

Ás vezes pergunto-me, meu miúdo tolo, porque resolves tu incluir-me nisto em background... toda a vida o fizeste. Na linha da frente ou na retaguarda. Sempre. Desde que me conheço que é assim. Afinal, de uma maneira ou de outra, a rede, para ambos - remetente e destinatária - está lá. Sempre.

E tu sabes, miúdo. Tu sabes. És tão tolo... tão tolo...

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