14 de março de 2013

Manhãs de sol :D

Gosto de dias assim. Com manhãs brilhantes de sol e um frio de cortar a respiração.

Gosto de manhãs limpidas e solarengas, antes do caos do trânsito e das pessoas.

Gosto de árvores nuas de folhas em que as flores rosa, lilás, brancas, pequeninas, começam a despontar.

Gosto das manhãs de sol que prenunciam a primavera. Hoje, hoje é uma dessas manhãs cheias de promessas...

13 de março de 2013

Francisco I, o Papa Argentino

Nunca gostei de Bento XVI (e, quando fui a Roma e "vi" o papa, até era ele). A resignação, elogiada por tantos, fez com que gostasse ainda menos.

O "meu Papa" foi João Paulo II. E creio que será sempre. Gostei dele desde o 1º dia. Lembro-me da eleição e as recentes reportagens que o trouxeram de volta, recordaram-me o dia em que aconteceu e as palavras que proferiu naquela varanda. Gostei dele desde esse momento e até á morte.

Não temos, necessariamente, de concordar com as mesmas ideias (embora haja, naturalmente, muitos pontos de concordância) para gostar de alguém. Mesmo não sendo, como é o caso, especialmente católica ou apologista do Vaticano (que não me comoveu).

Li, quando era miúda, as "Sandálias do Pescador" do Irwing Wallace. Nesse momento, o Vaticano desmitificou-se e passou a ser, para mim, uma mentira e ostentação desnecessárias. Mas João Paulo II é João Paulo II e, do homem, guardo a ternura e uma certa saudade.

Mas, dizia, não gosto de Ratzinger. O "Papa emérito". Bento XVI.
E desconfio que vou gostar de Francisco I. Pelo sorriso. Pela humildade. Pela postura de ontem aquando da eleição. Pelo nome que escolheu.

Gosto de S. Francisco. Sempre gostei. Gosto da ordem dos franciscanos. Nas traseiras da casa de mamãe, há um seminário de franciscanos por isso a sua presença sempre fez parte da minha vida. O único padre de que gostei e me levava, volta e meia, a missas, era franciscano - o Padre Filipe do Rosário. Sempre pensei que se Deus fosse o Deus do padre Filipe (humano, simples, generoso, falível) seria um Deus em que eu era capaz de realmente acreditar. Disse-vos já: não sou especialmente católica. Mas ou espiritual. Gosto de lugares de reflexão, como o templo Budista no meio do caos de Seul onde havia uma paz e um silêncio dificeis de imaginar numa cidade com mais habitantes que Portugal inteiro.

Por isso acho que vou gostar de Francisco I. Porque se a escolha do nome é, como dizem, um indicio do caminho a seguir, a marca de Francisco de Assis é de humildade e compaixão. E proximidade com o mundo.

Gosto disso.

1 de março de 2013

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Há alturas em que me pergunto se não seria melhor viver na ignorância... "longe da vista, longe do coração..."

Alturas em que, como hoje, abro o mail e há um novo, que não me é dirigido mas me inclui em bcc. Como se soubesses, e sabes, que vai ser preciso atenuar parte deste impacto. Que vai ser preciso ajudar.
Como se soubesses, e sabes, que não me é indiferente o teor.

Mas o meu lado racional, aquele que, no que te diz respeito, infelizmente, fala quase sempre mais alto de há uns anos para cá, pergunta-se se não haverá naquele bcc uma segunda intenção: estarás tu, indiretamente, a pedir-me ajuda? A ajuda que não pareces ser capaz de me pedir cara a cara?

E há parte de mim, essa mais pragmática e racional, que sabe que sim. Que nem sequer duvida. Da mesma forma que tu sabes, que nem sequer duvidas que, de uma forma ou de outra, a ajuda vai chegar.

Meu miúdo tolo... não sabes ainda que somos responsáveis pelas nossas escolhas? Que temos de viver com elas, de as enfrentar? Não sabes ainda que não é fácil para ninguém? E que o melodrama, dispensável digo-te já!!, não serve para nada? A não ser para angustiar a destinatária do teu mail, que anda há dias a imaginar dezenas de coisas que lhe tiram o sono...

Ás vezes pergunto-me, meu miúdo tolo, porque resolves tu incluir-me nisto em background... toda a vida o fizeste. Na linha da frente ou na retaguarda. Sempre. Desde que me conheço que é assim. Afinal, de uma maneira ou de outra, a rede, para ambos - remetente e destinatária - está lá. Sempre.

E tu sabes, miúdo. Tu sabes. És tão tolo... tão tolo...