23 de julho de 2012

Coisas que não sentimos...

Eu devia escrever que o regresso me deixou radiante ou, no minimo, feliz. Mas não consigo. Não sei dizer-te porquê mas não senti o que esperava sentir...

Talvez devesse sentir alguma fúria, alguma irritação. Mas não sinto.
Se calhar explicava porque não me sinto feliz.

Suponho que me habituei a esta ausência que não entendo, que é injusta, que ninguém mereceu. E já disse tudo (e tanto que eu disse sem querer dizer!) em nome de quem não dizia.

Não perguntei as razões. Nunca vou perguntar. Porque não as há, certamente. Alertei para a dor, para a injustiça, para a maldade de tanta ausência que fazia sofrer tanto. Por duas vezes.

E não tive, nunca, resposta. Porque razão a teria agora?
Talvez por isso não disse nada, calei o que poderia ter dito e não disse. Sei que não adiantaria nada, do outro lado teria silêncios ou, na melhor das hipóteses, respostas como "com uma mensagem daquelas o que é que esperavas que te dissesse?".

Ele não sorri. Nem mesmo com o olhar. Não parece contente. Permanece ali, alheado de tudo, como se estivesse sempre noutro lugar qualquer. Quase sempre em silêncio. Sem perguntas e sem respostas.

Talvez por isso eu, que era a última a estar com ele, não disse nada... fiquei ali, a conversar com ela enquanto ele permanecia em silêncio.

E quando falei, quando finalmente fiz uma pergunta, era quase distante, quase impessoal. A pergunta que teria feito a alguém que podia não ser ele: "então e o que é que vais para lá fazer?" Porque está de regresso ao lugar de onde não quis voltar. E parece ansioso.

Então falou, falou muito. Do que vai fazer, do que fez. De coisas que lá se passavam, da vida por lá "muito caro, perigoso...". Então perguntei: "se é assim tão mau, porque queres tanto voltar?".

"Porque amo e odeio aquele lugar. Porque cá não consigo trabalhar."
Arrisco-me a dizer que lá se sente livre de obrigações que cá teria e percebeu que é assim que quer viver.

Pelo meio, uma reaproximação feliz. Mas não foi sempre mais feliz a nossa relação? Mais cumplice, mais próxima? Acho que sim. Por isso, talvez por isso, não estranho o silêncio dele, a distância. Há tanto tempo que era assim... só não parecia.

Não sei, se após a partida, voltará algum dia. Ninguém sabe. Muito menos mamãe ou a (ex)mulher? dele.

Receio que não vá sofrer por isso. Suponho que me habituei a esta ausência...
O que tiver de ser... será.

18 de julho de 2012

As saudades que eu tinha de os ver jogar...

Figo, Rui Costa, Pauleta, Dimas, Petit... ah que saudades eu tinha de os ver jogar! Daquela alegria, daquele prazer, daquele "saber fazer".

Quem foi Rei, nunca perde a Majestade... Figo e companhia que o digam :)

Resiliência...


11 de julho de 2012

Rai’s parta o puto!!!

Durona, durona… mas quando ele vem á baila… é isto!!! Raio do puto que magoa tanto!!! Que só olha para o umbigo dele!!! Faz o que quer, está-se nas tintas para toda a gente… e falar nele, sobre ele… deixa-me assim???


Rai’s parta o puto!!!

10 de julho de 2012

Quando alguém escreve assim...

... pergunto porque insistem em ler-me? Porque insisto em escrever. Quando há quem escreva tão melhor, tão mais claramente que eu aquilo que eu sinto de vez em quando...

Histórias de Nós

Aquilo que gostava de vos dizer e não consigo.

Há muitos anos, a minha amiga deu-me um caderno lindo, A4, de capa dura, cheio de flores, de folhas lisas. Em branco. Para escreveres um livro. Como as cartas, e tantas que eram, as cartas. E longas, tão longas... os "testamentos" que mais tarde viraram mails e agora, devagarinho, se perderam com o msn.

As cartas sem resposta, quase sempre. Pelo menos na medida das que eram enviadas. Que diziam tanto. Que não diziam nada.

Continua em branco, o caderno liso, lindo, A4, de capa dura, cheio de flores, que a minha amiga me deu há tantos anos.Se eu escrevesse assim... talvez estivesse cheio, o caderno lindo. De mim, para ela.

Sorrisos...

E depois há a tua ternura... que me faz sorrir sempre :)
Com esse "abraço" tão doce que tens sempre, mas sempre, para mim.

Gosto muito de ti :)

9 de julho de 2012

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Porque será que, de vez em quando, aquilo que devia deixar-nos felizes, que normalmente nos deixa felizes, de vez em quando nos faz sentir ainda mais tristes...?

5 de julho de 2012

Esta tristeza sem fim...

... parece ter-se colado como uma segunda pele em mim... como se todos os dias, todas as manhãs, em algum momento, ao acordar, estrangulasse a garganta e enchesse o olhar de lágrimas que nem sempre correm... mais um dia aqui.

E as horas que não passam, e o dia que não anda. E hoje que devia ser sexta e ainda não é. Para quase não reparar que foi sábado ou domingo e começar tudo outra vez. Em dias quase sempre iguais. E tristes.