24 de setembro de 2010

A primeira noite de Outono...

Primeiro choveu torrencialmente. De repente, sem aviso prévio. Foi o barulho “na rua” que me fez abrir a janela e ver o que se passava. Quando parou, pouco depois, deixou no ar aquele cheiro maravilhoso da terra molhada. Limpeza, renovação.

Um cheiro que eu queria ter podido guardar dentro do bolso para os dias tristes e cinzentos, sem luz nem cheiros felizes.

Depois ficou assim. Um céu limpo e estrelado com uma lua linda, linda, linda! E a estrela, “aquela estrela” ali ao lado.





23 de setembro de 2010

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Jurei a mim mesma que ficava calada. Que não dizia nada.
Que a dor, desilusão e tristeza pelo comportamento são grandes demais.

Disse: “não esperes que o faça porque não o farei. Prometo não dificultar mas também não facilitarei o processo”. Foi o que eu disse. E o que tinha feito até agora. Porque tudo tem limites. E há um momento em que, até eu, que me magoo com facilidade mas esqueço depressa e procuro ultrapassar, acho que já chega.

E já chegava. Como chegava. Tanto que chegava.
Mas hoje… hoje quebrei a minha jura.

Mandaram-me um mail a propósito de contas em atraso e eu…

“Aproveitando o mail… há outro assunto de que te queria falar. Não achas que já é tempo de atenuarmos este afastamento entre as duas famílias? Que já é tempo de voltarem a Lisboa para verem, por exemplo, o A e o T, e para nós te vermos a ti e às miúdas? Falo por mim e por elas: temos muitas saudades de todos vocês e este afastamento custa-nos muito.

Todos temos razões (nós e vocês) para estar magoados. Todos temos razão e estamos enganados em coisas diferentes. E há, sem dúvida, muita mágoa com algumas atitudes de ambas as partes que talvez tenham sido mal-entendidas. Mas a verdade é que a discussão de Janeiro, e o afastamento consequente, se prolongou, talvez se tenha até aprofundado, não sei, e de repente já se passou quase um ano. E não devia ser assim.

Pode nunca mais vir a ser a mesma coisa, podemos nunca mais vir a ter o mesmo tipo de entendimento e até mesmo cumplicidade que achei que tínhamos (e agora falo concretamente de mim e de vocês) um dia, mas não temos de permanecer necessariamente longe uns dos outros… não sei, talvez seja só uma ideia. Diz-me (digam-me) de vossa justiça.”

Porque mamãe sofre com a antecipação de um Natal que devia ser comum e pode não vir a ser. Porque tem saudades do filho e das netas.
Porque os amo.

Quebrei a minha jura. E agora pronto, fico aqui à espera.

20 de setembro de 2010

Não

Não quero.
A agulha no meu peito.
A dor.
A angústia da espera.

Mesmo com final feliz.
Tudo outra vez... não quero.

14 de setembro de 2010

“Sou uma pessoa muito corajosa (…). Mas às vezes cansamo-nos de ser corajosos e precisamos que nos peguem ao colo.”

Anabela Teixeira

3 de setembro de 2010

Gosto mesmo muito de estar contigo!!!



E desta coisa de tagarelarmos horas a fio sem dar pelo tempo passar. De ser só mais uma coisinha, uma história, uma palavra e de repente ter passado meia-hora quase sem dar por isso.

De voltar a ser tagarela como se nunca tivessem acontecido 4 meses sem voz. De falar de coisas "estúpidas" e de "dores da alma". De podermos falar de tudo. De falar (muito) mas também ouvir (menos...) .

De concordares comigo. De discordares de mim. De concordar contigo. De discordar de ti.

De ver crescer devagarinho uma "criatura linda" que te deixa tão bonita e tão feliz. Que me deixa tão "babada" e tão feliz.

De ser sempre "tão pouco" o tempo destes quase 17 anos :)

PS - viste como eu sou "linda" de vez em quando, viste, viste, viste??? Podia ter só postado a ufpd relativa ao facto mas não, a "vosso" pedido... escrevi ;) Sou tãooooooooo "linda" de vez em quando, não sou? ;)